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Segurança

Comandante da PSP do Porto preocupado com jovens estrangeiros com registo criminal

09 out, 2024 - 09:58 • Redação

Em declarações ao Jornal de Notícias, o superintendente Victor Rodrigues diz que há cada vez mais jovens estrangeiros com registo de criminalidade que "não hesitam em usar a violência". Ainda assim o comandante considera que "o Porto não é, de todo, uma cidade insegura" nem fogo da tandência nacional em matária de criminalidade.

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O comandante da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, Victor Rodrigues, mostra-se preocupado com a frequência de casos envolvendo jovens estrangeiros com registo de criminalidade que não hesitam em usar a violência na noite da cidade.

"Já temos intercetado vários indivíduos que vimos a verificar que já vêm de outros países e já vêm com um historial de criminalidade", diz o superintendente Victor Rodrigues em entrevista ao Jornal de Notícias.

"São indivíduos relativamente jovens e que se dedicam essencialmente ao crime de furto por carterista, ao crime de roubo na via pública e que também nos preocupa que não têm problemas em recorrer à violência no caso da resistência por parte das vítimas", acrescenta.

Apesar desta preocupação, o superintendente que lidera, desde agosto, o Comando Metropolitano do Porto da PSP diz que "o Porto não é, de todo, uma cidade insegura".

O responsável considera que o problema da insegurança não se centra unicamente no Porto, sublinhando a "tendência nacional" do aumento da criminalidade. "Os últimos acontecimentos causaram algum sentimento de insegurança, que é superior à verdadeira insegurança", garante.

No seu plano de combate, o principal plano de ação da PSP passa pelo "aumento de policiamento" e pelo "incremento do sentimento de segurança". Numa explicação mais prática, o comandante destaca duas medidas de reforço: policiamento em noites e zonas com mais movimento e maior frequência de "operações especiais de combate à criminalidade".

Durante a noite, a PSP nota, pelos últimos registos, que existe um aumento de criminalidade "grupal" que envolve, sobretudo, a faixa etária mais jovem. Muitos dos crimes acontecem no fim da noite, à porta de estabelecimentos noturnos, porque geralmente as vítimas, como estão alcoolizadas, tornam-se um "alvo fácil".

Na sua perspetiva, Portugal segue o "fenómeno europeu" em que "muitas vezes, as pessoas cometem ilícitos criminais para alimentar o vício".

Em relação ao combate ao tráfico de droga, dados revelados ao JN revelam que só em 2024, houve 124 operações que resultou na detenção de 330 indivíduos.

O comandante diz saber que este é um tipo de criminalidade muito dificil de combater, mas que as forças de segurança têm feito, de forma exemplar, o seu papel. "Por cada grupo eliminado, surgirá outro a ocupar o seu espaço", diz.

Victor Rodrigues destaca ainda o trabalho desenvolvido do Núcleo de Estrangeiros e Fronteiras, que já realizaram dez ações de identificação de alojamentos ilegais, bem como a identificação de quatro indivíduos que estavam no país sem documentação legal.

Sobre a onda de criminalidade de assombrou a zona do Campo 24 de Agosto, o comandante garante ao JN que "um grupo muito restrito não representa a generalidade da população do Porto" e que é uma situação isolada que está resolvida.

"Acho que Portugal não é um país xenófono", diz o comandante da PSP.

Comentários
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  • Helena
    09 out, 2024 LOURES 11:11
    Mais um simpatizante e adepto Chegano!

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