Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Sindicato dos médicos otimista quanto a alargamento do regime de dedicação plena

11 out, 2024 - 19:44 • Lusa

Na reunião de hoje, o sindicato colocou também em cima da mesa uma proposta sobre as normas particulares de organização e disciplina do trabalho médico.

A+ / A-

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifestou-se esta sexta-feira otimista quanto ao possível alargamento do regime de dedicação plena aos médicos do Hospital das Forças Armadas, INEM e hospitais prisionais, depois de uma reunião com a tutela.

"Nesta reunião, o Governo mostrou, mais uma vez, diálogo e abertura e confirmou que propostas que o SIM tinha feito estão em circulação dentro do Governo para serem debatidas e, esperamos nós, aprovadas", disse Nuno Rodrigues.

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o Ministério da Saúde, o dirigente sindical precisou que em causa está uma proposta do sindicato para alargar o regime de dedicação plena aos médicos do Hospital das Forças Armadas, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e dos hospitais prisionais.

Sublinhando, em particular, a situação dos médicos do INEM, Nuno Rodrigues acrescentou que a proposta do SIM permite corrigir "profundas injustiças de colegas que, fazendo um trabalho de emergência, nem sequer eram equiparados a um serviço de urgência".

"Até porque são médicos que ultrapassam largamente as 150 e 250 horas extraordinárias todos os anos. Já têm a dedicação completa, seria uma injustiça não poderem aderir à dedicação plena", argumentou.

Na reunião de hoje, o sindicato colocou também em cima da mesa uma proposta sobre as normas particulares de organização e disciplina do trabalho médico, com vista à flexibilização da organização do trabalho médico e que reforça direitos laborais das mulheres grávidas e recém-mães quanto ao trabalho noturno e suplementar.

Pela parte do Ministério da Saúde, foi apresentada uma contraproposta, que será agora analisada pelo SIM, relativa à simplificação do sistema de avaliação de desempenho médico, que prevê a redução dos prazos que, segundo o sindicato, "têm levado a que 70% dos médicos nunca tenham sido avaliados".

Para já, ficou agendada uma nova reunião para 13 de novembro, em que voltará a ser discutida a proposta hoje apresentada pelo SIM quanto às normas particulares de organização e disciplina do trabalho médico.

Em dezembro, está previsto o início das negociações sobre as novas grelhas salariais, sendo que, segundo Nuno Rodrigues, esse processo poderá vir a ser antecipado na sequência da discussão em sede de especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+