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Maus-tratos em lares. "Há um défice muito grande de atividade inspetiva da Segurança Social"

16 out, 2024 - 10:33 • André Rodrigues

Ministério Público tem mais de 300 investigações em curso. Associação de lares privados alerta que a situação é mais preocupante nos lares clandestinos. União das Misericórdias reconhece que o número é elevado, mas fala também em "surto de denúncias por dá cá aquela palha".

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A associação que representa os lares privados reclama mais atividade inspetiva à Segurança Social para detetar situações de crime.

É a resposta aos dados avançados esta quarta-feira pelo jornal Público, que indicam que nos primeiros oito meses do ano, o Ministério Público abriu 219 inquéritos por suspeitas de maus-tratos em lares de idosos.

Considerando os processos que transitaram de 2023, há, nesta altura, 318 investigações em curso.

“Uma coisa são os lares ilegais, que não são necessariamente sinónimo de maus-tratos, porque há muitos lares que são ilegais porque não têm licença da Segurança Social, mas que funcionam minimamente bem no cuidado aos idosos”, refere à Renascença João Ferreira de Almeida, presidente da Associação de Lares de Idosos.

Coisa diferente, diz, são os lares clandestinos, “onde o panorama é francamente pior e passa muito despercebido”.

É, sobretudo, para essas situações que este responsável pede mais atenção por parte da Segurança Social.

“Há um défice muito grande de atividade inspetiva da Segurança Social sobre o alvo principal, que são os lares ilegais ou clandestinos, porque é onde o problema maioritariamente existe”, acrescenta Ferreira de Almeida.

Surto de queixas “por dá cá aquela palha”

Perante os números hoje conhecidos, o presidente da União das Misericórdias reconhece que “são muito preocupantes”, mas alerta para que diz ser um “surto de denúncias por dá cá aquela palha”.

“Por exemplo, o funcionário que não foi aumentado e faz queixa”, exemplifica Manuel Lemos.

“Estou-me a lembrar de um lar em que eu próprio recebi uma queixa com uma fotografia de um teto e dizia-se que o teto estava a cair em cima dos utentes. Era uma sala que já estava fechada há mais de um ano e nunca tinha caído nada”, acrescenta.

Seja como for, Manuel Lemos defende que todos estes processos devem ser céleres na sua resolução. “E eu acredito que o Ministério Público vai ser rápido a fazê-lo”.

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  • Anastácio Lopes
    16 out, 2024 Lisboa 10:24
    Há quantas décadas a Segurança Social não assume as suas responsabilidades para com esta camada populacional? Num país cada vez mais envelhecido como muitos e muitas afirmam,, para quando a decisão do Governo, autarquias e Santa Casa, cada um no âmbito das suas competências, para a construção de mais lares, fiscalização dos que existem, e penalização dos que se aproveitam desta vergonha nacional para fingirem cuidar de quem precisa, apenas e só com a finalidade de enriquecer e nunca para dar a esta camada populacional o apoio de que cada um necessita? Sabem ou não os políticos, quando precisam, pedir o voto a todos estes e estas idosas, debilitados, sem família ou marginalizados pelos seus familiares? Qual a preocupação e resposta que esses mesmos políticos deram até hoje, para responderem às necessidades do país e da sua população que nesta fase da vida, precisam de ser apoiados e nunca tiveram o apoio de que necessitam pelo abandono do país e dos seus alegados familiares? Foi para assim proceder que Portugal e a UE subscreveram a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Como podem os idosos portugueses a exemplo dos DEFICIENTES darem-se ao respeito se nunca foram nem são respeitados por políticos e por instituições que existem com essa responsabilidade assim nunca assumida como estes flagrantes exemplos disso fazem prova? Mal de quem precisa, que stá completamente abandonado pelo aís e pelos que o dizem dirigir, e a esta vergonha nacional o que fez a atual Provedora de J

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