16 out, 2024 - 17:54 • Miguel Marques Ribeiro , Fátima Casanova
A PSP deteve esta quarta-feira três homens suspeitos de pertencerem a um grupo organizado que se dedicava ao furto, falsificação e desmantelamento de veículos.
O objetivo, revela à Renascença o intendente Rui Mendes, da PSP do Porto, era colocar "no mercado paralelo de todos os componentes resultantes do desmantelamento das viaturas".
Em comunicado, a força de segurança adianta que a operação, batizada Blackout, levou à realização de quase 40 buscas domiciliárias e não domiciliárias, em armazéns, stands de automóveis e oficinas de mecânica localizados nos distritos do Porto, Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Coimbra e Santarém.
Para além das detenções, os agentes da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Comando Metropolitano do Porto apreenderam 14 viaturas que se suspeita terem sido furtadas ou conterem peças furtadas e 54 mil euros.
O tipo de veículos visados pelo grupo "tem uma grande variedade", admite o intendente Rui Mendes, mas incidia sobretudo "numa gama média em virtude da maior procura do mercado".
A investigação iniciada pelas autoridades em 2021 permitiu perceber o circuito criado pela organização criminosa: depois de furtados e desmantelados era criado "um circuito paralelo de comercialização de peças de automóveis que serviam sobretudo para colocar em carros acidentados".
Os suspeitos atuavam recorrendo a “diversos equipamentos eletrónicos destinados à descodificação de veículos – Máquinas de Diagnóstico, Computadores portáteis e tablets com software de descodificação de centralinas, adaptadores de ligação a fichas OBD”, que foram também apreendidos durante a operação.
Estes componentes eletrónicos e informáticos, destaca o intendente Rui Mendes "serviam para cometer a atividade ilícita".
Há também a registar a apreensão de equipamentos de inibição de sinal GSM e GPS, equipamentos de localização GPS, 3 centralinas de automóvel, 15 telemóveis e diversas chaves de veículos de várias marcas.
Os detidos serão presentes quinta-feira às autoridades judiciárias, altura em que a Polícia de Segurança Pública fará novo balanço da operação.