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Operação espanhola e portuguesa desmantela rede de lanchas rápidas e tráfico de droga

18 out, 2024 - 20:45 • Lusa

Rede dispunha de armazéns industriais no norte de Portugal para concluir a construção dos barcos, que equipavam com motores potentes.

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Vinte e oito pessoas foram detidas numa operação para desmantelar uma rede de construção de lanchas rápidas para tráfico de droga que operava na Galiza e em Portugal, tendo também sido apreendidos 23 quilos de heroína.

Num comunicado hoje divulgado, o Ministério do Interior espanhol (equivalente ao Ministério da Administração Interna português) detalhou que a rede foi desmantelada numa operação iniciada na madrugada de 02 de outubro, durante a qual agentes espanhóis e portugueses realizaram conjuntamente 19 buscas nas províncias de Pontevedra e da Corunha e em locais portugueses não especificados, tendo detido 14 pessoas.

Posteriormente, foram detidas outras 14 pessoas que alegadamente integravam a organização criminosa suspeita de tráfico e contrabando de drogas.

Na operação participaram funcionários da Agência Tributária, da Guarda Civil e da Polícia Nacional, bem como elementos das policiais portuguesas.

Segundo a agência noticiosa espanhola Efe, a investigação começou no final de 2022, quando as autoridades obtiveram indícios de uma organização estruturada dedicada à construção de barcos e que lhes permitia "introduzir grandes quantidades de substâncias estupefacientes" nos dois países.

A organização dispunha de várias instalações para "o fabrico" deste tipo de embarcações de alta velocidade, entre as quais um armazém no concelho de Sanxenxo, em Pontevedra, e outro no concelho da Illa de Arousa, que ainda está em fase de construção.

Além disso, a rede dispunha de armazéns industriais no norte de Portugal para concluir a construção dos barcos, que equipavam com motores potentes.

A Efe adianta que os investigadores dos dois países "conseguiram impedir o lançamento de duas embarcações de alta velocidade (EAV), a primeira delas em setembro de 2023, quando ia ser lançada ao rio Minho, perto de Lanhelas, Caminha, e a segunda a 01 de fevereiro de 2024, desta vez na localidade de Moguer (Huelva)".

A investigação, coordenada por tribunais de Espanha e de Portugal, permitiu apurar que a rede não se dedicava apenas ao fabrico de barcos, mas também geria tripulações e até "distribuía grandes quantidades de estupefacientes".

Na operação, os agentes apreenderam 23 quilos de heroína, duas plantações de marijuana e cinco quilos de botões de canábis, além de quatro embarcações do tipo EAV, mais de 150 mil euros em dinheiro, três viaturas de alta cilindrada e vários equipamentos informáticos e telefónicos.

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