22 out, 2024 - 12:59 • João Malheiro
O agente da PSP que disparou uma arma de serviço contra um homem de 43 anos, em Cova da Moura, foi interrogado como arguido pela Polícia Judiciária (PJ), confirmou a Renascença.
De acordo com a Lusa, a PJ também apreendeu a arma de serviço para investigação. Este processo decorre da abertura de inquérito pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a pedido, feito com urgência, da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, na segunda-feira.
Ainda que tenha sido ouvido e que já não possua arma de serviço, o agente continua em funções. Segundo o Expresso, o arguido "não foi suspenso nem transferido", mas está a ser apoiado pelo Departamento de Psicologia da PSP e a gozar dias de férias.
Odair Moniz morreu na sequência dos ferimentos infligidos pelo agente da PSP, depois de se ter tentado evadir dos agentes e de resistir à detenção com recurso a uma arma branca. O homem ainda foi transferido para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
O arguido foi ouvido igualmente pela Inspeção Geral da Administração Interna, no âmbito do inquérito aos factos ordenado pela ministra Margarida Blasco.
Os habitantes no Bairro do Zambujal, onde residia (...)
A Associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa exigem uma investigação "séria e isenta" do caso, não deixando de repudiar o uso excessivo de violência e de aponntar para "uma cultura de impunidade" nas forças policiais e de segurança.
Está marcado um protesto para as 15h desta terça-feira, no Bairro do Zamubjal, onde, durante a noite, aconteceram vários desacatos que levaram à destruição de caixotes o lixo, paragens de autocarro e de um autocarro. Os estragos foram provocados por um grupo de cerca de 30 pessoas.
Era neste bairro da freguesia de Alfragide, município da Amadora, que Odair Moniz, de 43 anos, residia.
[Notícia atualizada às 16h38]