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Investigadores e docentes em protesto contra precariedade no Ensino Superior

23 out, 2024 - 07:10 • Fátima Casanova

José Moreira aponta que apenas 15% destes investigadores têm contrato de trabalho por tempo indeterminado. Todos os outros têm contratos de trabalho precários

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Contra a precariedade no Ensino Superior, investigadores e docentes juntam-se esta quarta-feira num protesto em Lisboa.

Uma iniciativa do SNESUP - o sindicato nacional do Ensino Superior - que denuncia que há milhares de profissionais com contratos precários.

Uma situação que está longe de ser ultrapassada, lamenta o presidente do SNESUP, que não tem dúvidas em dizer que uma boa parte do sistema de ensino superior depende destes professores e investigadores.

À Renascença, José Moreira aponta que apenas 15% destes investigadores têm contrato de trabalho por tempo indeterminado. Todos os outros têm contratos de trabalho precários.

"A este número ainda se junta um número significativo de investigadores, doutorados que trabalham como bolsas de pós-douturado e ainda temos também um número não desprezável de investigadores que são duplamente precários em instituições de ensino superior: como professores convidados e fazem as suas atividades de investigação no chamado regime de voluntariado, ou seja, apenas para construir um currículo estão a auto alimentar o sistema científico e tecnológico nacional sem receber qualquer pagamento", explica.

"Boa parte do sistema de ensino superior depende destes professores e o sistema científico nacional depende, em mais de 80%, do trabalho dos investigadores precários", refere, ainda.

O protesto está marcado para as 14h30, em frente ao Ministério da Educação.

Os manifestantes seguem depois para a Assembleia da República, passando pela sede da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

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