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Carlos Moedas insiste no reforço da Polícia Municipal

24 out, 2024 - 12:44 • Carla Fino , Isabel Pacheco , Diogo Camilo

Autarcas da Área Metropolitana de Lisboa reunidos com Margarida Blasco e Leitão Amaro após desacatos na Grande Lisboa.

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Carlos Moedas insiste no reforço de competências da Polícia Municipal. À entrada, esta quinta-feira, para a reunião dos autarcas da área metropolitana de Lisboa (AML), o presidente da Câmara lisboeta defendeu que, “mais do nunca”, “este é o momento” para pedir ao Governo o aumento das competências da polícia municipal.

“Estou a lutar todos os dias para que a Polícia Municipal possa ter aqui um papel na cidade que não seja administrativo”, indicou Carlos Moedas, lembrando que “a polícia municipal é constituída de polícias de segurança Pública. Portanto, têm de ter capacidade de, num determinado momento em que tem de prender alguém, poder levar essa pessoa à esquadra”, defendeu.

“Penso que hoje é o momento com o senhor e a senhora ministra de discutirmos esse ponto de ter uma polícia municipal cuja principal função é segurança das pessoas”, apontou momentos antes do encontro de autarcas que conta com as presenças do ministro da presidência, Leitão Amaro e a ministra da administração Interna, Margarida Blasco.

Os 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa reúnem-se esta quinta-feira na sede da AML. Entre os pontos em analise na reunião com os dois ministros, estão os desacatos dos últimos dias na Grande Lisboa que ocorreram após a morte de um homem baleado pela PSP no bairro da Cova da Moura na madrugada de segunda-feira.

"A Polícia Municipal não pode estar limitada"

Saindo mais cedo da reunião de autarcas da Grande Lisboa com o Governo, Carlos Moedas voltou a falar no "sentimento de insegurança" que existe em Lisboa e insistiu no reforço de investimento em esquadras e agentes e nas competências da Polícia Municipal de Lisboa.

O presidente da Câmara Municipal refere que, em 2010, Lisboa tinha mais de oito mil agentes da PSP e que hoje em dia tem cerca de 6.700. "Numa sociedade democrática, num estado de direito, deve haver tolerância zero à violência. Estes episódios não podem acontecer", indicou.

Moedas indicou ainda que a Polícia Municipal e a EMEL colocaram à disposição da Polícia de Segurança Pública equipamentos como gruas e carros.

Nesse aspeto, o autarca indicou que alguns dos presidentes de câmara, como Ricardo Leão de Loures ou Carlos Carreiras de Sintra, estão de acordo com o reforço de competências da Polícia Municipal. "Trata-se de fazer o óbvio. A Polícia Municipal de Lisboa são polícias de segurança pública, não podem estar limitados, têm de trabalhar em conjunto [com a PSP]. Têm de ter o poder de deter alguém e levá-lo para a esquadra."

O autarca defendeu ainda como "essencial" os 14 projetos de policiamento de proximidade em curso.

“A polícia tem de estar com as comunidades. Estes bairros, que têm gente absolutamente incrível e gente boa que está ali para trabalhar, precisa de estar com a polícia no dia a dia. A polícia não pode só aparecer quando há um problema", indicou.

[artigo atualizado às 14h10]

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  • Anastácio Lopes
    24 out, 2024 Lisboa 12:47
    É conveniente dizer a este político, que mais importante para a população do que o reforço da Polícia Municipal, é a população de Lisboa, residente ou sobrevivente nos bairros sociais ficticiamente, irresponsável e incompetentemente geridos pela Gebalis, ver a polícia municipal existente a complementar a PSP, na fiscalização dos bairros sociais, para dar à população a segurança e a higiene que há muito não têm por um conjunto de ilegalidades diariamente passadas em tais bairros que põem em causa a segurança do que neles sobrevivem. Não adianta Moedas e a sua Administração querer ser mais papista do que o Papa, pois nem a Polícia Municipal existente d a provas de saber gerir em defesa dos cidadãos da cidade e da sua segurança e sobrevivência, como irá saber gerir uma mesma Polícia Municipal com um números de polícias municipais superior aos existente? Mais atos e menos conversa é o que a população dos bairros visados necessita, para que possa voltar a ter o que há muito perdeu por uma irresponsável gestão de recursos da Administração da CML, a qual, no que á suposta segurança, tudo exige sem nada dar à população a quem soube pedir o voto quando dele necessitou. Será para fazer esta triste figura que Moedas pediu o voto aos lisboetas?

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