Violência em Lisboa. Dispositivo "vai manter-se" durante o fim de semana, garante ministra

25 out, 2024 - 19:51 • Diogo Camilo

Margarida Blasco destacou o "excelente trabalho" da PSP nos últimos dias e pediu "serenidade e tranquilidade" a moradores de bairros da Grande Lisboa.

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Margarida Blasco, ministra da Administração Interna. Foto: António Cotrim/Lusa

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, confirmou esta sexta-feira que o reforço de segurança na Grande Lisboa se vai manter este fim de semana e apelou à "serenidade e paz" de moradores nos bairros que têm sido alvos de desacatos durante esta semana, após a morte de Odair Moniz.

Numa curta declaração e sem direito a perguntas a jornalistas, a governante indicou o acompanhamento de "todo o dispositivo nas ações que estão a ser feitas" pela PSP, em conjunto com outros serviços de segurança, e dirigiu uma "palavra de grande reconhecimento" pelo "excelente trabalho" dos últimos dias.

"Vamos manter o dispositivo operacional este fim de semana no terreno", garantiu Margarida Blasco após reunião com diretores da Polícia de Segurança Pública, pedindo a "manutenção da tranquilidade" e apelando à serenidade dos moradores de bairros afetados por distúrbios.

Para este sábado estão marcadas duas manifestação em Lisboa, uma contra a violência policial em bairros e por justiça para Odair Moniz, e outra em defesa pela polícia.

Funeral de Odair Moniz realiza-se no domingo

Corpo do homem que morreu baleado pela PSP na Cova(...)

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Odair Moniz, de 43 anos, morreu na madrugada de segunda-feira após uma perseguição policial, que terminou na Cova da Moura, no concelho da Amadora.

O homem natural de Cabo Verde e residente no Bairro do Zambujal foi baleado pela polícia - em circunstâncias ainda em investigação - e acabou por morrer no hospital.

O agente da PSP responsável pelos disparos foi constituído arguido e a arma foi apreendida para perícias.

A morte de Odair Moniz provocou uma onda de revolta e de tumultos que começaram no Bairro do Zambujal e se alastraram a vários concelhos da Grande Lisboa.

Quatro autocarros foram incendiados e um foi apedrejado esta semana. Um motorista da Carris Metropolitana sofreu queimaduras graves e continua internado no Hospital de Santa Maria.

Desde segunda-feira, 21 de outubro, a PSP já registou 123 ocorrências, 21 detenções e 19 suspeitos de desacatos foram identificados.

Cinco cidadãos e dois polícias ficaram feridos durante os tumultos dos últimos dias, indica a PSP em comunicado divulgado esta sexta-feira à tarde.

Um total de 16 veículos ligeiros e dois motociclos foram incendiados, cinco viaturas da polícia foram danificadas e uma esquadra atacada com engenhos pirotécnicos.

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Não chega
26 out, 2024 Portugal 09:46
Manter o dispositivo é insuficiente, tem de haver mais prisões, e cargas da polícia com viaturas antimotim, bulldozers, canhões de água, e claro, cartuchos de sal e balas de borracha em boa quantidade. E não era mal pensado fazer avançar as unidades de GNR a cavalo.