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Ministra da Saúde defende ação urgente na prevenção e tratamento da obesidade

28 out, 2024 - 14:38 • Lusa

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu hoje que "é urgente uma ação" em relação à prevenção e ao tratamento da obesidade, depois de admitir que as estatísticas nacionais têm vindo a piorar nesta matéria.

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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu esta segunda-feira que "é urgente uma ação" em relação à prevenção e ao tratamento da obesidade, depois de admitir que as estatísticas nacionais têm vindo a piorar nesta matéria.

"Admito que estamos a piorar os nossos resultados ou as nossas estatísticas e que, portanto, é urgente uma ação. Não só relativamente à promoção da saúde e à prevenção da obesidade, mas também ao tratamento, que tem não só uma componente medicamentosa, mas tem também uma componente cirúrgica", sublinhou.

À margem da cerimónia de assinatura pública dos memorandos de entendimento para a implementação do programa "Be a Mom" no Serviço Nacional de Saúde, que decorreu em Coimbra, Ana Paula Martins admitiu que é necessário "fazer muito mais" do que foi feito até agora.

"Consideramos que a obesidade é efetivamente um programa prioritário e que uma grande parte, não toda, mas uma grande parte daquilo que pode ser feito, para minimizar aquele que é um dos maiores fatores de risco das doenças crónicas, é de facto a prevenção", alegou.

Especialistas defendem a comparticipação de medicamentos específicos para tratar a obesidade e, para melhorar o acesso a consultas e tratamentos, pedem uma adaptação dos modelos de incentivo e contratualização nos hospitais e centros de saúde.

Em declarações à Lusa no dia em que a Assembleia da República acolhe uma conferência para debater as soluções para agilizar o acesso a consultas e tratamentos, a presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) lembrou que, 20 anos depois de Portugal considerar a obesidade uma doença crónica, "muito pouca coisa foi feita".

"É preciso tomar medidas. Há todo um processo assistencial integrado de obesidade que é preciso pôr em prática", disse Paula Freitas, referindo que é preciso aumentar o acesso.

Em Coimbra, a ministra da Saúde aproveitou ainda para evidenciar aos jornalistas que voltaram a ser comparticipados dois fármacos para desabituação tabágica.

"Um deles, inclusive, é considerado um fármaco inovador, mais caro, mas que não quisemos deixar de comparticipar porque entendemos que é fundamental dar este apoio aos que querem deixar de fumar", referiu.

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  • Anastácio Lopes
    28 out, 2024 Lisboa 15:09
    Oh senhora Ministra da Saúde, nem parece ter estado à frente dos destinos do maior hospital do país, e fazer parte integrante de um Governo que teima em não comparticipar os medicamentos que qualquer obeso devia poder tomar, mas que a falta de comparticipação dos mesmos impedem-nos a todos de o fazermos. Como pode haver prevenção e tratamento da obesidade enquanto os medicamentos sugeridos pela Medicina, não forem comparticipados pelo seu Governo? Obeso sou eu, já me submeti a um SLEAVE e estou há mais de um mês a aguardar que Santa Maria me marque a consulta que lhes foi solicitada, para um doente crónico, de Alto Risco, com 88% de incapacidade. Como pode haver prevenção no tratamento da Obesidade enquanto o seu SNS não der as respostas de que os cidadãos obesos necessitam antes que seja tarde demais? Não basta aos portugueses esta sua afirmação, sem que diligencie junto do seu PM para que autorize a comparticipação dos medicamentos para este efeito, sem esquecer, a demora que o SNS continua a impor aos portugueses nas marcações e realizações das consultas e dos meios auxiliares de diagnósticos solicitados pelos diferentes Técnicos de Saúde? De boas intenções está o Inferno cheio mas continua a ter espaço suficiente para que todos os políticos que nos impõem estas vergonhas nacionais um dia lá irem parar se for esse o seu destino, sem esquecer que a sua pessoa em particular e o seu Governo em geral, continuam a impor aos cidadãos obesos, todo um conjunto de sofrimentos.

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