30 out, 2024 - 10:17 • Olímpia Mairos
Apoiantes do Climáximo despejaram, esta manhã, corante vermelho na fonte do edifício da Caixa Geral de Depósitos que alberga vários ministérios do Governo, classificando a proposta de Orçamento do Estado como “criminosa” e afirmando que o Governo tem “sangue nas mãos” por alimentar a crise climática.
Segundo Alice Gato, apoiante do Climáximo, “ao longo de várias semanas, as discussões sobre o Orçamento do Estado, cujo debate na generalidade começa hoje, limitaram-se a jogos de bastidores, deixando de parte as reais implicações das políticas públicas na vida das pessoas”.
O Climáximo vê este OE e as decisões que serão levadas a cabo pelos vários ministérios como parte da normalização em curso na sociedade dos atos de violência de governos e empresas contra a vida.
“Tal como processos institucionais vazios, como a 29ª Conferência das Nações Unidas pelo Clima (COP) que irá acontecer em novembro, o OE demonstra que os Governos não nos vão salvar da destruição em curso”, diz Alice Gato, citada em comunicado.
Para a porta-voz da iniciativa realizada esta manhã, “este é o Orçamento do Estado de guerra em que nos encontramos”.
“Eles continuam a levar-nos para um mundo com crescentes incêndios, secas, quebras de colheitas e cheias desastrosas, como as que já mataram 51 pessoas desde ontem em Valência, comprometendo tudo aquilo a que as pessoas dão valor: uma sociedade justa e democrática, condições de vida dignas e um planeta habitável para prosperar”, adverte.
Por isso, o Climáximo apela “a toda a sociedade” para se juntar à manifestação e ação de resistência civil em massa “Parar Enquanto Podemos”, dia 23 de novembro, que partirá às 15h da Praça Paiva Couceiro para a Praça do Chile.