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"Vim aqui para nada". Greve da função pública cancela consultas no Porto

31 out, 2024 - 13:04 • Jaime Dantas

A greve desta quinta-feira estará a registar uma adesão de 90% segundo o STTS. A paralisação também afeta as escolas.

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"Vim aqui para nada". Foi esta a frase mais ouvida na manhã desta quinta-feira no Hospital São João, no Porto, por causa do cancelamento de várias consultas.

Na base dos constrangimentos está a greve da Função Pública marcada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), que afeta principalmente os serviços de saúde e as escolas.

Visivelmente irritados, os utentes que viram a sua consulta desmarcada não quiseram falar com a Renascença. Ainda assim, num passo rápido em direção à saída do maior centro hospitalar do Porto, os utentes dizem estar cansados de sucessivas paralisações.

Semelhante incómodo foi sentido por Marisa Lopes. Foi aos serviços administrativos do São João para "levantar alguns documentos da mãe", que está internada, mas "teve a surpresa de encontrá-los fechados".

Apesar de admitir que, na Suíça, país para onde emigrou, "nem tudo são rosas", Marisa diz que "já não está habituada à situação do país".

"Ninguém dá informação correta, porque falo com uma pessoa que diz uma coisa, cinco minutos depois o colega já diz outra totalmente diferente e, no dia a seguir, o terceiro colega já diz que nem a primeira nem a segunda estavam corretas", reclama.

A greve desta quinta-feira regista uma adesão de 90% segundo o STTS. Uma situação que se pode repetir já na próxima segunda-feira, dia em que está marcada uma nova greve destes profissionais.

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  • Anastácio Lopes
    31 out, 2024 Lisboa 14:05
    Não passa de mais uma forma de criar um fim de semana prolongado, mesmo que isso venha contribuir para crianças ficarem sem escola, doentes sem consultas nem exames, e o Governo fique com mais mais fonte de receita caída do céu, à conta dos que alegam ganhar mal mas que tudo fazem para que fiquem com menos um dia de vencimento no final do mês. Simultaneamente, como imagem de marca destes pseudo sindicatos e sindicalistas, que continuam a nada dizerem, nem fazerem ou exigirem ao Governo, para que devolva de uma vez por todas a quem trabalha e que estes pseudo sindicatos alegam defender sem o provar que o fazem, pois nada fizeram até hoje para que os trabalhadores voltassem a receber por inteiro, como aconteceu no passado, os Subsídios de Férias e de Natal a quem têm direito e que há 12 anos que não o fazem, por continuarem a ver incidir sobre os mesmos descontos para a CGA, ADSE e IRS. Como compreender, justificar e aceitar que estes sindicatos politizados de ocasião continuem a serem cúmplices desta vergonha sindical e nacional, tudo fazenda para que os trabalhadores levem mensalmente para casa cada vez menos, com os aumentos na base da percentagem que defendem, os quais apenas e só empurram para a pobreza todos e todas que trabalham, à conta destas inqualificáveis posturas de sindicatos que nunca os defendeu, como estas formas de aumento anual os provam, e o que dizer de pelo menos 1/3 dos Subsídios de Férias e de Natal continuarem a não chegarem ás contas dos trabalhadores com as incompetência e irresponsabilidades de sindicatos que nunca os defenderam como mais esteexemplo disso faz prova ainda hoje, 31/10/2024.

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