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Presidente da CAP defende criação de rede nacional da água

05 nov, 2024 - 17:36 • Lusa

O manifesto "Água ao Serviço do Futuro" vai ser entregue ao Governo.

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Foto: Andy Rain/EPA
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Presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura,  defende criação de rede nacional da água. Foto: António Pedro Santos/Lusa
Presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura, defende criação de rede nacional da água. Foto: António Pedro Santos/Lusa

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Álvaro Mendonça e Moura, defendeu esta terça-feira, em Odemira, a criação de uma "rede nacional da água", para "aumentar a produção agrícola e florestal no país".

"A CAP continuará a bater-se até ver realizada uma rede nacional da água", com o objetivo "de conseguirmos aumentar a produção agrícola e florestal no país", afirmou Álvaro Mendonça e Moura, no encontro "Água ao Serviço do Futuro", que decorreu hoje naquele concelho do distrito de Beja.

Durante a iniciativa, realizada numa unidade hoteleira junto à Barragem de Santa Clara, 34 entidades públicas e privadas subscreveram um manifesto no qual é pedido o reforço da disponibilidade de água no Sudoeste Alentejano e no Algarve.

O manifesto "Água ao Serviço do Futuro" vai ser entregue ao Governo, no âmbito da estratégia "Água que Une", iniciativa interministerial cuja apresentação está prevista pelo executivo para o final deste ano.

Os municípios alentejanos de Odemira e de Ourique e os algarvios de Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique e Vila do Bispo são alguns dos subscritores do documento, tal como a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).

O manifesto tem também como signatários a Lusomorango, que é uma organização de produtores do setor das frutas e legumes, a Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA), a Federação Nacional de Regantes, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e empresas agrícolas.

Outros subscritores são as entidades regionais de turismo do Alentejo e Ribatejo e do Algarve ou a empresa mineira Somincor, concessionária da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde.

No documento, entre outras ações, os signatários defendem o reforço do Alqueva "como grande reservatório para a regularização hídrica do sul do país" e da Barragem de Santa Clara "como "hub" para a distribuição de água ao Sudoeste Alentejano e ao Barlavento Algarvio".

Para tal, é pedida a interligação Alqueva-Santa Clara-Odelouca, que "já se encontra ligada por túnel ao sistema Funcho-Arade, faltando a interligação à [Barragem da] Bravura", no Algarve.

Esta proposta é apoiada pelo presidente da CAP, para quem Portugal tem água, "mas mal distribuída", associada a "uma grande irregularidade de precipitações e assimetrias muitos pronunciadas".

"O problema não é de falta de água, é de falta de água em certos locais e nós temos é que conseguir disponibilizar a água que temos", disse.

O dirigente agrícola considerou ser tempo de "passar à ação" e avançar com a criação de uma "rede nacional da água" e com projetos como o da interligação Alqueva-Santa Clara-Odelouca.

"Há água mais do que suficiente para abastecer o Alqueva, de forma a que o Alqueva possa abastecer o resto do Alentejo e do Algarve", continuou Álvaro Mendonça e Moura.

O presidente da CAP disse ainda que a confederação irá fazer "toda a pressão sobre este Governo para que rapidamente diga o que vai fazer e como [isso] está calendarizado".

"Claro que sabemos que não é possível fazer todas estas ligações de um ano para o outro, mas é possível fazê-las a 10 anos", defendeu.

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