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Morte de doentes

Atrasos no INEM. PGR abre três novos inquéritos, caso de Ansião foi arquivado

08 nov, 2024 - 19:12 • Ana Kotowicz , Miguel Coelho

Depois de Almada, PGR abre inquéritos aos casos de Bragança, Cacela Velha e Vendas Novas. Em todas as situações houve atrasos na resposta da Emergência Médica.

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Há, ou não, indícios de crime nas mortes de doentes que têm sido associadas a atrasos do INEM? Em Ansião, a resposta é "não", mas o Ministério Público está ainda a investigar outras quatro mortes. Depois de Almada, a Procuradoria Geral da República abriu, esta sexta-feira, três novos inquéritos, aos casos de Bragança, Cacela Velha e Vendas Novas.

Sobre as restantes mortes que têm sido noticiadas, em Tondela, Castelo de Vide e Pombal, o Ministério Público está ainda "a aguardar informação".

"Relativamente aos factos de Ansião, na sequência da comunicação do óbito, foi aberto um inquérito", diz a PGR em resposta escrita à Renascença. "Coligidos os elementos de prova – designadamente a informação da GNR; as declarações prestadas por testemunhas, bem como do relatório do hábito externo realizado – concluiu o Ministério Público não haver indícios da prática de crime, tendo o inquérito sido arquivado."

Quanto aos casos de Bragança, Cacela Velha, Vendas Novas e Almada, todos "se encontram em investigação".

Nos últimos dias, vários mortes têm sido relacionadas com atrasos no atendimento do INEM, já que em todos os casos houve esperas telefónicas superiores a 30 minutos. O primeiro caso aconteceu a 2 de novembro em Tondela, os demais a 4 de novembro.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já abriu um inquérito a todos estes casos, determinado, na quinta-feira, por despacho do inspetor-geral.

Entre a oposição política, tem havido uma chuva de críticas ao Governo e à atuação da ministra da Saúde. O Bloco de Esquerda pediu mesmo a demissão de Ana Paula Martins.

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