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Programa de prevenção de infeções hospitalares da DGS sem diretor há quase um ano

08 nov, 2024 - 08:44 • André Rodrigues , João Malheiro

O período coincide, praticamente, com o mandato de Rita Sá Machado à frente da DGS.

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O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), da Direção-Geral da Saúde (DGS) está sem diretor há quase um ano, denuncia à Renascença Paulo André Fernandes, antigo responsável deste mesmo programa.

O programa está sem diretor desde fevereiro deste ano, altura em que José Artur Paiva, diretor do serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar e Universitário São João, renunciou ao cargo. Este período coincide, praticamente, com o mandato de Rita Sá Machado à frente da DGS.

Neste cenário, Paulo André Fernandes considera, à Renascença, que o país está a perder o combate às infeções associadas aos cuidados de saúde. Uma situação que diz ser incompreensível.

"A inexistência de uma direção estabelecida é, necessariamente, uma dificuldade. Por que é que isto está a acontecer? Estamos a viver uma fase de desinteresse por este problema", lamenta.

O cargo de diretor para a prevenção de infeções é um cargo não remunerado. Logo, este médico admite que a falta de dinheiro não será uma razão válida para não nomear um novo coordenador para a área das infeções.

Este programa está há 10 meses sem coordenador, numa altura em que os dados mais recentes do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças indicam que Portugal tem a maior incidência estimada de infeções hospitalares. E numa altura em que se aproxima o Inverno, que é o período do ano em que aumenta de forma significativa o numero de internamentos hospitalares e, com isso, o risco de infeções hospitalares.

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