08 nov, 2024 - 17:23 • Diogo Camilo
Os tempos médios para atendimento das chamadas do 112 desceram esta sexta-feira para apenas 17 segundos, depois de terem estado acima de um minuto ontem.
A garantia é do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que atribui esta melhoria à “implementação das medidas de contingência com vista à otimização do funcionamento da central médica” para responder à crise no INEM.
Em comunicado, o INEM refere que os tempos médios para atendimentos das chamadas do Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) “reduziram-se significativamente” desde a passada segunda-feira, dia em que cinco pessoas morreram após relatos de atrasos no atendimento.
“A título de exemplo, no dia 7 de novembro, o tempo médio a partir das 00h00 foi de 1 minuto e 11 segundos; desde as 16h00, foi de 52 segundos; após as 19h00, os profissionais do CODU passaram a atender as chamadas encaminhadas pela Central 112 em 37 segundos. Desde as 00h00 de hoje, 8 de novembro, que o tempo médio para atendimento de chamadas se situa nos 17 segundos”, refere o INEM em comunicado.
Esta quarta-feira, o INEM anunciou um plano para melhorar a resposta no atendimento, a que se seguiu a suspensão da greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar, após uma reunião esta quinta-feira com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou entretanto a abertura de um inquérito aos casos de mortes noticiados nos últimos dias por alegados atrasos no atendimento do INEM. A informação consta de uma nota enviada à Renascença pela entidade. A IGAS adianta que a abertura do processo foi determinada ontem por despacho do inspetor-geral.
O primeiro-ministro recusa, por seu lado, a ideia de que a ministra da Saúde tenha ignorado o aviso de greve no INEM. O semanário "Expresso" escreveu esta sexta-feira que Ana Paula Martins teria sido avisada da paralisação dez dias antes, sem que o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) tenha tido qualquer resposta do ministério.