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CGTP insiste no aumento do salário mínimo para 1.000 euros em 2025

09 nov, 2024 - 20:57 • Lusa

Tiago Oliveira exigiu a reposição do direito de contratação coletiva, com a revogação da caducidade, e o investimento nos serviços públicos.

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O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, insistiu este sábado no aumento do salário mínimo nacional para 1.000 euros em 2025, o aumento das pensões de reforma e na garantia do direito à habitação.

Numa intervenção que marcou o final do protesto promovido pela central sindical, que reuniu mais de 2.000 pessoas numa marcha que partiu do Cais do Sodré em direção à Praça dos Restauradores, em Lisboa, Tiago Oliveira exigiu também o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho para as 35 horas e o fim da desregulação dos horários como os bancos de horas e adaptabilidades.

No discurso de dez páginas, o secretário-geral da CGTP exigiu ainda a reposição do direito de contratação coletiva, com a revogação da caducidade, bem como o investimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado, no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública, na Segurança Social, na justiça e na valorização dos trabalhadores.

Sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2025, Tiago Oliveira disse que aprová-lo no dia 29 deste mês significará "um verdadeiro ataque às conquistas de Abril e um profundo retrocesso nos direitos dos trabalhadores".

"Vamos intensificar a ação reivindicativa e a luta, nas empresas e nas ruas, na oposição à política que está no OE e que virá além dele. E, no dia 29 de novembro, dia da votação do OE, marcaremos posição continuando a dar força aos problemas da maioria que são os trabalhadores e o povo", disse Tiago Oliveira.

Já no arranque da manifestação em Lisboa, o líder da central sindical lamentou que o Governo não perceba a dificuldade da grande maioria da população em chegar ao fim do mês e ter de optar entre pagar a casa ou pôr comida na mesa.

"A questão fundamental é que 850 mil trabalhadores, nomeadamente em relação ao salário mínimo nacional auferem não 820 euros, mas sim 730 euros. Era bom que o Governo explicasse a estes portugueses qual é a diferença que 50 euros vai fazer nas suas condições de vida", sublinhou.

No caderno reivindicativo, a CGTP exige um aumento salarial de pelo menos 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores a partir de janeiro do próximo ano, bem como o aumento do salário mínimo nacional dos atuais 820 euros para 1.000 euros.

De notar que o acordo assinado em sede de Concertação Social entre a UGT, as quatro confederações empresariais e o Governo, prevê que o salário mínimo nacional suba para 870 euros em 2025. A CGTP ficou de fora do acordo.

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  • Anastácio Lopes
    11 nov, 2024 Lisboa 14:43
    E bom não esquecer que existem N anos em que os funcionários públicos perderam poder de compra, e viram-lhes subtraído 1/3 dos Subsídios de Férias e de Natal ao fazerem incidir sobre os mesmos descontos para a ADSE, CGA e IRS que nunca incidiram até a vinda da Troika, e para reparar estas vergonhas nacionais, injustiças e imoralidades, o que tem a CGTP a exigir ao Governo alguém sabe? Sem esquecer que mesmo não subscrevendo a maior parte dos acordos, nunca a CGTP propôs aumentos maiores para quem menos ganha e menores para os que mais ganham, sendo por isso cúmplice e conivente com a pobreza que alastra neste pseudo país onde uns têm tudo e a maioria pouco ou nada tem. Quando uma Central Sindical exige aumentos ao Governo que empurram quem trabalha para as pobreza e miséria pergunta-se que crédito dar a quem faz estas exigências sem corrigir as vergonhas nacionais aqui mencionadas? Como podem os trabalhadores portugueses em geral acreditarem nos pseudo sindicatos desta ou de qualquer outra Centra Sindical se nunca viram até hoje, verem defendidos os seus interesses e legítimos direitos por quem alega fazê-lo? Onde estão as VERGONHA, BRIO PROFISSIONAL, HONESTIDADE INTELECTUAL ou SERIEDADE desta ou de qualquer outra Central Sindical que assim finge defender quem trabalha desde sempre?

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