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​Alunos portugueses das escolas fronteiriças vão poder concorrer às universidades espanholas

14 nov, 2024 - 21:58 • Cristina Nascimento

Acordo foi assinado entre os governos dos dois países e vale também para os alunos espanhóis concorrerem ao ensino superior português. Estão abrangidas 57 escolas dos dois lados da fronteira.

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Os alunos portugueses e espanhóis, de 57 escolas nas zonas de fronteiras, vão poder concorrer livremente às instituições de ensino superior de ambos os países.

O anúncio foi feito pelo ministro da Educação numa conferência realizada esta quinta-feira, na Web Summit Lisboa.

À Renascença, o ministro Fernando Alexandre considerou que este “é um passo inicial” para uma “união ibérica”.

“O que nós temos na Europa, neste momento, são espaços de ensino superior nacionais, em que, quem estuda num país, fundamentalmente candidata-se a universidades desse país e depois tem reconhecidas as qualificações que obtém nesse país também apenas nesse país”, descreve.

Fernando Alexandre vai mais longe. Defende um “espaço europeu de ensino superior” sem o qual “a Europa nunca vai conseguir o mesmo nível de competitividade dos Estados Unidos, que são, de facto, um país onde o talento circula livremente e na Europa não é assim”.

Renovar parceria com universidades dos EUA "até ao fim do ano”

Nestas declarações à Renascença, o ministro da Educação, Ciência e Ensino Superior abordou ainda o processo de renovação da parceria que existe, desde 2006, com três universidades norte-americanas: a Universidade Carnegie Mellon, o Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) e a Universidade do Texas, em Austin.

Fernando Alexandre diz que, nesta matéria, a prioridade é “renovar as parcerias até ao fim do ano”.

No entanto, o governante quer que estas parcerias entrem numa nova fase, dado que o sistema científico português “está num patamar muito diferente do que estava há 15 anos”.

“O que hoje temos são projetos em que os cientistas do lado americano e do lado português estão em igualdade de circunstâncias, trabalham como pares”, explica.

O ministro adianta que colocou o desafio às direções destes programas para que “pensem a nova fase em que os projetos desenvolvidos no âmbito dessas parcerias contribuam para que Portugal, em áreas que estão definidas a nível europeu como prioritárias - a área dos chips, a área de inteligência artificial, área da energia – possam depois beneficiar dessas parcerias”.

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