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A Semana de Nuno Botelho

Faltou "sentido de Estado" na discussão da crise do INEM

16 nov, 2024 - 10:00 • Hugo Monteiro

Presidente da Associação Comercial do Porto diz não ter dúvidas de que Sérgio Janeiro “tem muito poucas condições para continuar" como presidente do INEM.

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Faltou "sentido de Estado" na discussão da crise do INEM

O presidente da Associação Comercial do Porto diz que “tem de haver mais sentido de Estado” na discussão sobre o caso da greve no INEM, das mortes alegadamente relacionadas com o protesto e com o apuramento de responsabilidades. No espaço semanal de comentário na Renascença, Nuno Botelho defende “acordos entre os dois principais partidos” em questões relacionadas com a saúde, até porque diz acreditar que “PSD e PS querem o mesmo” para o setor: “querem que os portugueses sejam atendidos e que tenham os seus problemas resolvidos”.

Assim, diz não compreender “porque é que de forma tão simples e ligeira se assacam responsabilidades”. Nomeadamente, critica Pedro Nuno Santos pelo facto de o PS ter responsabilizado o atual Governo pela situação que se vive no INEM, quando o Executivo "está em funções há seis ou sete meses” e num período de tempo tão curto, “era impossível resolver problemas estruturais que existem na saúde”. No caso do INEM, sublinha, é preciso dotar o Instituto de Emergência Médica “de mais meios humanos e de recursos”, como viaturas, porque as atuais “estão completamente obsoletas”.

Na Renascença, o presidente da Associação Comercial do Porto diz não ter dúvidas de que o presidente do INEM “tem muito poucas condições para continuar no cargo”. Já quanto à ministra da Saúde, Nuno Botelho reconhece que Ana Paula Martins tem tido “muitas dificuldades”, mas neste caso concreto acabou “segurada pelo primeiro-ministro" e tem, agora “uma segunda oportunidade.

“A saúde, nos últimos anos, tem sido muito difícil para quem quer que assuma a pasta e, mais do que perceber se a pessoa deve ser demitida, nós temos que perceber a raiz dos problemas e tentar resolvê-los”.

Neste apuramento de responsabilidades, Nuno Botelho não iliba a secretária de Estado que, diz, “num primeiro momento não informou a ministra da Saúde da real situação”, pelo que terá havido "uma falha de comunicação interna no Ministério”.

Por último, quanto ao plano para o INEM, prometido para breve pelo Primeiro-ministro, o presidente da Associação Comercial do Porto diz que terá de ser de “recuperação do INEM enquanto serviço público de assistência aos portugueses, de primeira linha e de crucial importância”, e que “dê condições para atuar e socorrer os portugueses”.

Norte da semana

PSP combate tráfico de droga no Porto e em Gaia. "Um dos alvos da operação foi, por exemplo, a zona da Sé, no Porto, onde há relatos preocupantes de consumo e tráfico de droga. Em coerência com aquilo que eu tenho defendido, saúdo esta atitude da PSP para tentar dissuadir um dos grandes mercados de droga no Porto e fazer cumprir a lei e o respeito pela ordem pública. É, de facto, de saudar, mas esta atuação da PSP deveria ser a norma".

Desnorte da semana

As ausências da COP 29. "Mais um ano, mais uma cimeira do clima das Nações Unidas que vai ser uma mão cheia de nada, com duas coisas verdadeiramente inusitadas. Primeiro, o facto de realizar-se em Baku, no Azerbaijão, um país cuja economia depende do petróleo, tal como aconteceu, aliás, há um ano com o Dubai. Por outro lado, a cimeira não conta com a presença dos principais líderes poluentes, como os Estados Unidos, a China, a Índia, a Indonésia e nem a presidente da Comissão Europeia. É, no meu entender, uma discussão absolutamente estéril e sem grandes consequências".

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