16 nov, 2024 - 10:00 • Hugo Monteiro
O presidente da Associação Comercial do Porto diz que “tem de haver mais sentido de Estado” na discussão sobre o caso da greve no INEM, das mortes alegadamente relacionadas com o protesto e com o apuramento de responsabilidades. No espaço semanal de comentário na Renascença, Nuno Botelho defende “acordos entre os dois principais partidos” em questões relacionadas com a saúde, até porque diz acreditar que “PSD e PS querem o mesmo” para o setor: “querem que os portugueses sejam atendidos e que tenham os seus problemas resolvidos”.
Assim, diz não compreender “porque é que de forma tão simples e ligeira se assacam responsabilidades”. Nomeadamente, critica Pedro Nuno Santos pelo facto de o PS ter responsabilizado o atual Governo pela situação que se vive no INEM, quando o Executivo "está em funções há seis ou sete meses” e num período de tempo tão curto, “era impossível resolver problemas estruturais que existem na saúde”. No caso do INEM, sublinha, é preciso dotar o Instituto de Emergência Médica “de mais meios humanos e de recursos”, como viaturas, porque as atuais “estão completamente obsoletas”.
Na Renascença, o presidente da Associação Comercial do Porto diz não ter dúvidas de que o presidente do INEM “tem muito poucas condições para continuar no cargo”. Já quanto à ministra da Saúde, Nuno Botelho reconhece que Ana Paula Martins tem tido “muitas dificuldades”, mas neste caso concreto acabou “segurada pelo primeiro-ministro" e tem, agora “uma segunda oportunidade.
Manuel Pizarro garante que os saldos de gerência -(...)
“A saúde, nos últimos anos, tem sido muito difícil para quem quer que assuma a pasta e, mais do que perceber se a pessoa deve ser demitida, nós temos que perceber a raiz dos problemas e tentar resolvê-los”.
Neste apuramento de responsabilidades, Nuno Botelho não iliba a secretária de Estado que, diz, “num primeiro momento não informou a ministra da Saúde da real situação”, pelo que terá havido "uma falha de comunicação interna no Ministério”.
Por último, quanto ao plano para o INEM, prometido para breve pelo Primeiro-ministro, o presidente da Associação Comercial do Porto diz que terá de ser de “recuperação do INEM enquanto serviço público de assistência aos portugueses, de primeira linha e de crucial importância”, e que “dê condições para atuar e socorrer os portugueses”.
PSP combate tráfico de droga no Porto e em Gaia. "Um dos alvos da operação foi, por exemplo, a zona da Sé, no Porto, onde há relatos preocupantes de consumo e tráfico de droga. Em coerência com aquilo que eu tenho defendido, saúdo esta atitude da PSP para tentar dissuadir um dos grandes mercados de droga no Porto e fazer cumprir a lei e o respeito pela ordem pública. É, de facto, de saudar, mas esta atuação da PSP deveria ser a norma".
As ausências da COP 29. "Mais um ano, mais uma cimeira do clima das Nações Unidas que vai ser uma mão cheia de nada, com duas coisas verdadeiramente inusitadas. Primeiro, o facto de realizar-se em Baku, no Azerbaijão, um país cuja economia depende do petróleo, tal como aconteceu, aliás, há um ano com o Dubai. Por outro lado, a cimeira não conta com a presença dos principais líderes poluentes, como os Estados Unidos, a China, a Índia, a Indonésia e nem a presidente da Comissão Europeia. É, no meu entender, uma discussão absolutamente estéril e sem grandes consequências".