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Saúde

Antibióticos. "Não estamos a reduzir aquilo que desejaríamos no consumo", alerta Infarmed

18 nov, 2024 - 11:06 • André Rodrigues

Carlos Alves, vice-presidente da Autoridade do Medicamento, fala em "aumento significativo de consumo de antimicrobianos durante o período pandémico e, também pós-pandémico".

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Continua a aumentar o consumo de antibióticos em Portugal, mesmo depois da pandemia, alerta na Renascença o vice-presidente do Infarmed.

“Quando vamos comparar 2019 com 2023, não estamos a reduzir aquilo que desejaríamos reduzir no consumo de antibióticos”, refere Carlos Alves, acrescentando que, "a nível hospitalar há um aumento significativo de consumo de antimicrobianos durante o período pandémico e, também pós-pandémico.

No que diz respeito aos antibióticos que são prescritos para consumo na comunidade, há também em Portugal um aumento do consumo”.

Com o inverno à porta e, com ele, o aumento dos internamentos hospitalares, aumenta o risco de infeções por bactérias multirresistentes.

Carlos Alves lembra que “o aumento das resistências está dependente de vários fatores” que começam fora do hospital. “Por exemplo, a utilização dentro de antibióticos no contexto da veterinária tem também um peso no aumento das resistências; ou a utilização de antibióticos em tratamento de infecções que são virais e que, portanto, não têm indicação para utilização de antibiótico”.

Para o vice-presidente do Infarmed, a chave para a redução das infeções hospitalares está na “redução do número de infeções respiratórias que levam ao internamento e na redução da necessidade dos antibióticos”.

E, “de uma forma indireta”, também na "vacinação da gripe e da Covid” que acaba por contribuir “significativamente” para essa redução.

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