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Ministra da Saúde diz que Sérgio Janeiro será um dos candidatos à presidência do INEM

18 nov, 2024 - 12:51 • Lusa

A ministra reiterou ainda que está a "fazer tudo" para, num "curtíssimo prazo", dar as respostas necessárias para "devolver ao INEM a capacidade de resposta, capacidade assistencial".

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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou esta segunda-feira que Sérgio Janeiro, presidente interino do INEM, será um dos candidatos ao concurso que está a decorrer para presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica.

"O INEM tem neste momento, finalmente", o concurso aberto, depois de "a CRESAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública] ter aberto o concurso como lhe competia", disse Ana Paula Martins aos jornalistas em resposta a críticas do social-democrata Luís Marques Mendes, no jornal da SIC deste domingo, de que a ministra poderá estar "a prazo" e que Sérgio Janeiro "está completamente na corda bamba".

A ministra salientou que "há de haver candidatos para o concurso e, com certeza" que Sérgio Janeiro, que está em regime de substituição desde julho, será um desses candidatos ao concurso para presidente do conselho diretivo do Instituto INEM, publicado na passada quinta-feira.

A ministra reiterou ainda que está a "fazer tudo" para, num "curtíssimo prazo", dar as respostas necessárias para "devolver ao INEM a capacidade de resposta, capacidade assistencial".

"Eu penso que o mais importante neste momento é que as pessoas lá em casa sintam que o INEM, de facto, não lhes vai falhar como tem falhado nos últimos anos e isso é o mais importante", disse a governante, antes da cerimónia de assinatura de Protocolo de Cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a ULS de Santa Maria, para alargamento de Cuidados de Saúde (médico de família) e inauguração da nova ala do hospital.

Ana Paula Martins notou que se está "à beira do inverno" e começa a "aumentar muito o número de pessoas que se dirigem à urgência, mesmo sem precisar: sabemos que essa é uma realidade e nós precisamos muito de um INEM que dê resposta".

"Durante estes últimos anos, além de muitas coisas que foram acontecendo ao INEM e que também lhes foram retirando capacidade de resposta, a própria dificuldade que nós temos na gestão das urgências tem sobrecarregado muito o INEM", sustentou.

Por isso, o Ministério da Saúde está a trabalhar há uns meses na "organização da própria urgência, porque o INEM está a fazer muita coisa que não é a sua função", declarou Ana Paula Martins.

Pressionada pelos jornalistas sobre as críticas que tem tido dos partidos da oposição que pedem a sua demissão, a governante disse que as perguntas manifestam "um interesse importante", porque as pessoas em casa "estão preocupadas e querem ter a certeza que quando ligam para o 112, efetivamente, lhes respondem do outro lado e que lhes acodem".

"Essa é a minha missão e a minha função enquanto o senhor primeiro-ministro assim entender", frisou.

O Ministério Público (MP) abriu sete inquéritos às mortes possivelmente relacionadas com falhas no socorro do INEM.

Além dos inquéritos abertos pelo MP, as falhas no socorro por parte INEM, designadamente atrasos no atendimento de chamadas, motivaram igualmente a abertura de um inquérito pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), que no dia 04 de novembro coincidiu com a greve da função pública.

A greve dos TEPH acabou por ser suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.

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  • Anastácio Lopes
    18 nov, 2024 Lisboa 13:34
    Se algum dia esta previsão se confirmar, o que poderão os portugueses esperar de um INEM por ela supostamente dirigido? Apesar de sabermos que não é político quem o sabe ser mas sim quem o quer ser, daí que existam tantos irresponsáveis e incompetentes na política, o importante para estes e estas pseudo políticas o importante é terem tachos, panelas e frigideiras políticas e nunca servirem o país, pois esta política esteve no HSM fez o que se sabe, nada, mesmo assim, foi promovida por um incompetente e irresponsável ao cargo que ocupa e é o que todos estamos a ver, e ainda não foi demitida, já outros andam a procurar lugar onde a mesma possa vir a fingir que serve o país, o que nunca o soube fazer até hoje. Ainda não satisfeita, alguém sabe o que é que a mesma fez para reduzir o Nº de utentes sem Médico de Família atribuído? Que diretrizes deu aos Centros de Saúde e a quem os finge dirigir, para que fossem atualizadas as listas de utentes alguém sabe? Se nem uma simples atualização das listas de utentes dos supostos Centros de Saúde soube mandar fazer em 7 longos meses, o que fará algum dia, sem meios humanos e materiais como os que o INEM de há muito tem, para que possa vir a responder às suas competências no menos tempo possível? É totalmente indignante este fingir que se serve o país em vez de se estarem a servir do mesmo, mesmo que isso custem vidas humanas que nunca mais voltarão a ter aqueles e aquelas que as perderam.

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