Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

"Parar Enquanto Podemos". Climáximo convoca "toda a sociedade" para protesto em Lisboa

18 nov, 2024 - 12:02 • Olímpia Mairos

O objetivo da ação de sábado é criar uma “mobilização popular massiva” para “desmantelar a indústria fóssil e implementar um plano de transição assente na justiça social e que respeite os limites planetários”, indicam os ativistas.

A+ / A-

O movimento ambientalista Climáximo vai realizar no próximo sábado uma “manifestação e ação de resistência civil em massa”, denominada “Parar Enquanto Podemos”.

Em comunicado, o movimento explica que o protesto tem como objetivo “parar de normalizar a violência da crise climática” e criar uma “mobilização popular massiva” capaz de “desmantelar a indústria fóssil e implementar um plano de transição assente na justiça social e que respeite os limites planetários”.

Para a porta-voz do coletivo, Inês Teles, citada no comunicado, a realização, no Azerbaijão, de mais uma edição da Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climática (COP29), "onde, em teoria, se discutem soluções para evitar o apocalipse", não teve eco na opinião pública portuguesa.

“A banalização do colapso é total, enquanto Governos e empresas fósseis têm carta branca para expandir o seu arsenal de bombas de carbono, perpetuando ataques numa guerra contra a humanidade e o planeta”, acusa.

Por isso – diz Inês Teles – “no fim destas duas semanas de discussões vazias, após a eleição de um negacionista climático nos EUA e a aprovação, aqui, de um Orçamento do Estado que trata a crise climática como uma nota de rodapé”, os ativistas estarão “nas ruas para garantir que este não seja apenas mais um sábado ‘normal’”.

Aludindo à catástrofe que se bateu sobre a região de Valência, a ambientalista insiste que “nada disto é natural ou inevitável”, mas sim “o resultado direto das decisões dos nossos Governos e das empresas, de continuar a queimar combustíveis fósseis para proteger os seus lucros, mesmo sabendo que isso equivale a condenar a humanidade à miséria e morte no inferno climático. Temos de pará-los enquanto podemos”.

O protesto de sábado tem início às 15h00 na Praça Paiva Couceiro e prevê o bloqueio da Praça do Chile, para “quebrar a normalidade catastrófica em que vivemos” e “abrir espaço na sociedade para a discussão urgente que não está a acontecer nos centros de poder: como agir em conjunto perante a maior crise que a humanidade já enfrentou”, afirmam os ambientalistas.

“A crise climática e as crises sociais não estão apenas interligadas; são, na verdade, a mesma coisa, e afetam todas as pessoas que vivem neste momento histórico. Eles são poderosos, mas nós somos milhões, e juntas podemos puxar o travão de emergência e desmantelar a indústria fóssil antes que seja tarde demais”, conclui o comunicado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+