19 nov, 2024 - 22:06 • Filipa Ribeiro , com Ricardo Vieira
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao caso das assinaturas falsificadas por Tiago Mayan, da Iniciativa Liberal. A notícia foi avançada à Renascença pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Na sequência de notícias vindas a público relacionadas com a matéria em referência, confirma-se que o Ministério Público decidiu instaurar inquérito para investigar os factos, o qual é dirigido pelo DIAP do Porto", adianta a PGR.
Em causa está a falsificação de assinaturas por parte do então presidente da junta da união de freguesias da Foz, Aldoar e Nevogilde, no Porto, Tiago Mayan, para aceder ao Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense.
O caso foi conhecido a 8 de novembro, quando Tiago Mayan assumiu ter falsificado as assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense.
Porto
Militante da Iniciativa Liberal deixa a presidênci(...)
Em causa está uma ata da reunião do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, datada de 16 de setembro, que terá sido elaborada e falsificada por Tiago Mayan.
Na sequência da polémica, Tiago Mayan apresentou a demissão de presidente da da junta da união de freguesias da Foz, Aldoar e Nevogilde.
O militante da Iniciativa Liberal e antigo candidato à Presidência da República desistiu também da candidatura à liderança do partido e está a ser alvo de um processo disciplinar, que pode acabar em expulsão.
Tiago Mayan garante que nunca se apropriou de quaisquer fundos. “Os acontecimentos que conduziram à minha demissão não serviram de modo algum para meu benefício pessoal. Quero deixar bem claro que nunca, de forma alguma, me apropriei de quaisquer fundos e que o meu objetivo sempre foi permitir que as associações beneficiárias destes fundos não ficassem prejudicadas por quaisquer falhas procedimentais, bem como assegurar a prossecução dos seus projetos em serviço da população e do interesse público”, afirmou Tiago Mayan numa carta escrita enviada à Lusa.