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"Cada cêntimo" para Proteção Civil e Forças Armadas é "o melhor investimento" diz Nuno Melo

21 nov, 2024 - 02:46 • Lusa

Para Nuno Melo, os gastos nestes dois organismos não são despesa.

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As palavras são do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, na quarta-feira à noite, em Vendas Novas, que sublinhou ainda que "cada cêntimo" aplicado na Proteção Civil e nas Forças Armadas "não é despesa".

"Cada cêntimo aplicado em Portugal na Proteção Civil, seja nos bombeiros, na emergência médica, ou em cada um dos três ramos das Forças Armadas não é despesa", disse Nuno Melo, num discurso no Regimento de Artilharia n.º 5 (RA5), em Vendas Novas no distrito de Évora.

Segundo o governante, "por aquilo que fazem, pelas vidas que salvam, pela diferença que significam" a Proteção Civil e as Forças Armadas, esse "é seguramente o melhor dos investimentos".

Nuno Melo intervinha na cerimónia de receção da Força Operacional Conjunta de Proteção Civil e das Forças Armadas (FOCON) que esteve empenhada na região espanhola de Valência, após as inundações.

Após a cerimónia, na qual também participou a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o ministro da Defesa foi questionado pelo jornalistas sobre um encontro que teve com o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, num bar de Lisboa, mas escusou-se a comentar o assunto.

"O que hoje aqui vivemos é tão importante, o tributo que devemos prestar a estes operacionais das Forças Armadas [e] da Proteção civil é tão relevante que eu acho que este momento não pode, nem deve ser contaminado com nenhum outro assunto", disse.

Na quarta-feira, à saída do congresso da Associação de Auditores de Cursos de Defesa Nacional 2024, na Academia Militar na Amadora, Lisboa, Nuno Melo considerou normal que um governante desta área de soberania "tenha assuntos a tratar" com um chefe militar "onde seja", depois de ter sido divulgado um encontro com o almirante Gouveia e Melo.

Em Vendas Novas, na quarta-feira à noite, perante a insistência dos jornalistas, o governante preferiu realçar que, "no balanço do estado das Forças Armadas", Portugal está hoje "seguramente melhor" do que "há sete meses atrás", antes de o Governo PSD/CDS-PP entrar em funções.

"E estaremos ainda melhor no final do mandato", prometeu o ministro da Defesa Nacional.

Perante os elementos que integraram a FOCON, Nuno Melo expressou "grande orgulho" pela missão que realizaram e realçou que os militares dos três ramos das Forças Armadas, tal como os elementos da Proteção Civil, "estão ao serviço do povo português" e "não estão fechados em quartéis".

"Os militares das Forças Armadas não existem por causa das guerras", disse, frisando que "é em tempos de paz que se mede o serviço pelo qual também os militares se distinguem".

Segundo Nuno Melo, os militares participam nas mais variadas missões, desde "ações de busca e salvamento, de prevenção e rescaldo de incêndios, no combate ao tráfico de droga e de pessoas, no transporte de órgãos vitais que salvam vidas" e em "inúmeras missões espalhadas pelos quatro cantos do mundo".

Durante uma semana, a FOCON, constituída por mais de 100 operacionais e 40 viaturas, apoiou a população de Valência, afetada pelas inundações em Espanha, em resposta ao pedido de ajuda internacional ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.

A força integrou elementos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa, Bombeiros Voluntários, Instituto Nacional de Emergência Médica, bem como 28 militares da Marinha e Autoridade Marítima Nacional, Exército e Força Aérea.

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  • Anastácio Lopes
    21 nov, 2024 Lisboa 08:43
    Esta afirmação feita por quem a fez é prova evidente que nunca passou fome, nem teve de andar a contar os cêntimos para ir à farmácia ou comprar algo que nos faça falta. Como compreender, justificar e aceitar esta afirmação por parte de um ministro de um governo de um país no qual 1/5 da população é pobre e em pleno século XXI continua a ter alegadas habitações que nem água potável têm como acontece no Bairro da Serafina em Lisboa? Apesar de este político ter aceite ser ministro da Defesa, desde quando é que a Defesa de qualquer país é prioritária a matar a fome à população que a tem e a algo investir para tirar da pobreza e miséria aqueles e aquelas que nela caíram, à conta de políticas de distribuição de riqueza gerada pelo país completamente irresponsáveis e incompetentes a quem este e outros políticos sabem pedir o voto quando dele necessitam? É vergonhosa esta afirmação de um político cujo seu governo nem tem vontade de aumentar os pensionistas e reformados mas tem milhões para gastar na Defesa e nos aumentos dos vencimentos de políticos que a exemplo deste, nunca o deviam ser, por esta e outras razões. Como pode este político e os outros do seu governo dormirem em paz, quando diariamente morrem portugueses por falta de assistência médica de quem, se tivesse poder de compra para isso, já que o INEM não responde em tempo útil às solicitações que lhe são feitas, para que pudessem ir a outro lado solicitar a mesma assistência assim negada por falta de investimento na saúde?

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