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Câmara de Sintra

Família com cinco menores despejada. Câmara fala em ocupação ilegal

26 nov, 2024 - 15:21 • Lusa

Vizinhos tentaram fazer um cordão humano à volta da casa para bloquear o despejo, mas foram impedidos pelas autoridades. Família estava a tentar legalizar a situação junto da Câmara de Sintra, mas sem sucesso.

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Uma família com cinco menores foi despejada esta terça-feira do Bairro 1.º de Maio, em Queluz, pela Câmara Municipal de Sintra, revelou o movimento Vida Justa, tendo a autarquia justificado que a mulher e os filhos ocupavam a casa ilegalmente.

O despejo ocorreu de manhã na Rua Bartolomeu Dias, no Bairro 1.º de Maio, em Monte Abraão, Queluz (distrito de Lisboa), num ambiente de grande tensão entre moradores e a polícia, disse à Lusa Flávio Almada, do movimento Vida Justa, que estava no local.

Em declarações à Lusa, uma moradora disse que os despejados são uma mulher com 43 anos, com problemas de saúde, e quatro filhos menores, além de uma neta com dois meses.

Segundo esta moradora, Beatriz Lucas, a família despejada ocupou a casa há 14 anos e estava a tentar legalizar a situação junto da Câmara de Sintra, mas sem sucesso.

"Querem pagar uma renda e não lhes é dada essa oportunidade. Não é por falta de tentativas e de pedidos de legalização do arrendamento", declarou.

Beatriz Lucas contou que hoje de manhã os moradores, assim que constataram a situação, foram apoiar a família e tentaram fazer um cordão humano à volta da casa para bloquear o despejo, mas foram impedidos pela Polícia Municipal e, posteriormente, pela PSP, chamada ao local.

As autoridades policiais colocaram uma porta de ferro para impedir nova ocupação da casa, contou, salientando que existem 16 casas da autarquia emparedadas no bairro.

Contactada pela Lusa, a Câmara de Sintra afirmou tratar-se de um caso de ocupação ilegal de uma fração municipal, o que, "independentemente da duração no tempo, configura a prática de um crime, previsto e punido no Código Penal, e não confere aos ocupantes o direito à celebração de um contrato de arrendamento com o município de Sintra para o fogo ilegalmente ocupado", além de prejudicar "os cidadãos que licitamente aguardam por uma vaga".

"Sempre que alguma habitação municipal é vaga e, consequentemente, entregue ao município em situação de elevado estado de degradação e sem as condições de habitabilidade, tais situações são objeto de emparedamento até ao início da empreitada de reabilitação respetiva, por forma a evitar a sua degradação, ocupação ilegal ou outros usos que possam colocar em causa a segurança de pessoas e bens", justificou.

A autarquia destacou ainda que os ocupantes despejados "terão o apoio social que os serviços da autarquia disponibilizam a todos os munícipes em situação de carência, no Serviço Municipal de Atendimento de Emergência", devendo "os cidadãos, para tal, dirigirem-se a esse serviço".

Comentários
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  • Se a moda pega
    27 nov, 2024 País 09:30
    Vou ocupar um palacete qualquer, digo à Câmara que "quero pagar renda" e ficou lá 14 anos a mamar. Até "alugo" uns miúdos aí dum orfanato qualquer, para fazer a habitual chantagenzita emocional quando a Polícia aparecer...
  • Repetição
    27 nov, 2024 Vejam se não há mais casos na vizinhança 09:26
    E ao que parece, depois de despejados houve alguém que arrombou a porta e a tipa mais a prole voltou a ocupar a casa. Mas lixou-se, ela e o gajinho: a polícia voltou como é óbvio, o tipo foi detido, a populaça que tentou intervir foi controlada, e ela e a prole corrida outra vez, só que desta vez por ser reincidente, vai haver consequências. E sugiro que vejam se na vizinhança, não há mais populaça a aproveitar-se de inercias antigas e a ocupar ilegalmente as casas em que vivem.
  • Fim da baderna
    26 nov, 2024 País 17:40
    Mais uma ocupação ilegal resolvida. Assim já parece um País a sério e não uma baderna em que cada um faz o que quer. Quanto aos que tentaram impedir o cumprimento da Lei, espero que os tais "vizinhos" tenham sido todos identificados e de acordo com a atitude tomada, tenham de prestar contas seja ao Tribunal, seja com apresentações na esquadra da zona, após corte de subsídios que estejam a receber. Não se pode admitir desafios à Lei e Ordem, e quem os praticar tem de pagar por isso. Bem caro, de preferência.

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