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Revisão do PDM avança com estudos sobre inundações, turismo e estacionamento

26 nov, 2024 - 00:31 • Lusa

A Câmara de Lisboa está a realizar estudos sobre a carta de inundações da cidade, o estacionamento e o turismo sustentável no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), que avançará após a construção da Estratégia Lisboa 2040.

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A Câmara de Lisboa está a realizar estudos sobre a carta de inundações da cidade, o estacionamento e o turismo sustentável no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), que avançará após a construção da Estratégia Lisboa 2040.

"Depois de concluído o Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território, queremos concluir em maio/junho de 2025, a visão estratégica Lisboa 2040, para avançarmos para a revisão do PDM", declarou a vereadora Joana Almeida (independente eleita pela coligação "Novos Tempos" PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).

A autarca falava no âmbito de uma audição conjunta com a 1.ª e a 3.ª comissões permanentes de Finanças e Urbanismo, respetivamente, da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), sobre a proposta de orçamento da cidade para 2025, no valor de 1.359 milhões de euros.

"O que é que já está a ser no âmbito do PDM? Estudos, três tipos de estudos: inundações, carta de inundações da cidade; estudo do estacionamento, uma vez que é um ponto claramente que aos dias de hoje as regras do PDM estão desatualizadas naquilo que é a política de estacionamento para a cidade; e o terceiro estudo tem a ver com o estudo do turismo sustentável para Lisboa", revelou a vereadora do Urbanismo.

Em resposta aos deputados municipais, Joana Almeida disse que a construção da Estratégia Lisboa 2040 já se iniciou em março/abril deste ano, depois de concluído o Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território.

"Há uma Carta Estratégica para a cidade 2010-2024 e agora temos a nossa Estratégia Lisboa 2040. O que é que começámos? Começamos por fazer um trabalho dentro da câmara transversal a todos os serviços, a todas as vereações, de olhar para a visão de cidade dentro da câmara municipal", indicou a autarca, acrescentando que agora o processo vai abrir a participação para o exterior.

Neste sentido, a câmara vai organizar, a partir de janeiro do próximo ano, os encontros sobre a Estratégia Lisboa 2040, focados em seis áreas: ambiente, clima e estrutura verde; mobilidade e transportes; economia e inovação; habitação, ensino e saúde; contexto territorial e urbanismo; e coesão social, identidade e cultura.

"Vamos fazer várias sessões de debate. Vamos fazer outras sessões mais direcionadas para os presidentes de junta e também para os deputados da Assembleia Municipal, no sentido de termos aqui um envolvimento de todos", explicou.

Neste momento, a autarquia está também a proceder a alterações ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (RMUEL), processo que está pendente a aguardar nova legislação sobre o Simplex, que se prevê para breve.

Com a operacionalização da Carta Municipal de Habitação, o pelouro do Urbanismo está a trabalhar no regulamento dos fogos sujeitos a valor máximo de renda ou preço de venda, como forma de operacionalizar a produção de oferta privada de habitação acessível.

"Em relação ao regulamento do valor máximo de renda e preço de venda, este era um conceito que estava no PDM 2012, que nunca foi concretizado e neste momento estamos dependentes da tal alteração ao Simplex e das políticas que vêm relacionadas com a habitação para poder, enquanto elas não tiverem consolidadas não podemos avançar com este regulamento", adiantou.

Para mais transparência e eficácia, a Câmara de Lisboa está a apostar na desburocratização do licenciamento urbanístico, com a otimização da cadeia de decisão e a subdelegação de decisões finais em dirigentes, expôs a vereadora.

A este propósito, o município criou o programa As Minha Obras, que funciona com uma via "fast track" para o licenciamento de obras simples, em que os processos passaram ser apreciados num tempo médio de dois meses, enquanto "antes estavam numa pilha que chegavam a durar dois anos".

A autarca destacou ainda a criação da Comissão de Concertação Municipal de Urbanismo e das mesas de concertação, que junta todos os serviços da câmara onde se tomam decisões, para assegurar a articulação interna, produzindo um único parecer claro e objetivo sobre um projeto urbanístico.

Há também o gestor de processo para os projetos estruturantes, com mais de 1.800 m2, acrescentou.

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  • Anastácio Lopes
    26 nov, 2024 Lisboa 09:33
    Para quando a Habitação Social será uma prioridade para a atual Administração da CML? Para que existe uma Gebalis e uma Vereadora do Pelouro da Habitação na CML se a Habitação Social não é prioridade da CML? Será não dando à Habitação Social a prioridade que ela sempre mereceu e nunca teve que algum dia terminaremos com os sem abrigo na cidade e com os enormes bairros degradados que nem àgua potável têm como Bairro da Serafina, Quinta do Ferro ou Bairro da Liberdade, que têm sido desprezados até hoje pela atual e passada CML? Se a CML opta por nada fazer para dar aos seus cidadãos a dignidade habitacional a que aqueles têm legítimo direito, para que que que este Moedas e companhia nos vem pedir o voto quando dele necessita? Abram os olhos alfacinhas para que nas próximas eleições autárquicas possam dar a quem nos desprezou, não investindo na habitação social, o mesmo ou maior desprezo quando nos vierem pedir o voto, pois jamais se preocuparão com as nossas necessidades, os concidadãos dos bairros já mencionados que o digam, no que é que as suas vidas melhoraram, em termos de habitação, desde que este Moedas é o Presidente da CML. Que credibilidade dar a quem assim finge dirigir uma CML, sem se preocupar minimamente com as necessidades habitacionais da sua população, chova, faça frio ou sol, como se as necessidades habitacionais da população de Lisboa não fosse, como sempre o foi, um bem de primeira necessidade para quem dela necessita e cuja falta, em nada melhora a cidade.
  • Portugueses estão
    26 nov, 2024 a mais 08:35
    Oferta de "renda acessível"... Ah!Ah!Ah! Renda acessivel dentro de Lisboa e para portugueses quando os estrangeiros pagam 880 000€ por um t1 dentro da cidade e os empreiteiros só constroem para eles e até dizem "neste momento não podemos construir para portugueses!!!!!"

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