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Adesão à greve na Raríssimas Moita é de 100%

02 dez, 2024 - 13:35 • Lusa

Cerca de três dezenas de trabalhadores juntaram-se em protesto contra os atrasos no pagamento de retroativos e subsídio de férias.

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A greve convocada para esta segunda-feira na Associação Raríssimas regista uma adesão de 100%, mas estão a ser assegurados os serviços mínimos, revelou fonte sindical durante uma concentração de trabalhadores junto à instituição, na Moita, distrito de Setúbal.

Cerca de três dezenas de trabalhadores da Raríssimas, Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras que aderiram à greve concentraram-se junto à instituição, em protesto contra os atrasos no pagamento de retroativos e subsídio de férias.

Os trabalhadores da Raríssimas cumprem uma greve de 24 horas convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), para exigirem a regularização das dívidas e denunciar o agravamento da situação financeira da instituição.

A Associação Raríssimas é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) abrangida pelo Contrato Coletivo de Trabalho do setor, mas, segundo o CESP, desde há sete anos que não atualiza os salários de acordo com as tabelas salariais em vigor.

"A direção não nos paga o subsídio de férias e diz-nos que não tem previsão para pagar. Eu tenho o subsídio de férias em atraso e, daqui a poucos dias, tudo indica que vou ter também o subsídio de Natal em atraso. Além disso, estou como auxiliar de segunda categoria, mas a receber o salário como auxiliar de terceira", disse à agência Lusa Sílvia Santos, auxiliar de ação direta da Raríssimas há cerca de três anos.

"A direção também mudou os horários sem o nosso consentimento e retirou-nos o subsídio de turno", acrescentou Sílvia Santos, lamentando a "falta de diálogo" com os trabalhadores.

Segundo a delegada sindical Helena Caldeira, no passado mês de novembro "a direção da Raríssimas informou os trabalhadores de que a instituição tem um prejuízo mensal de 30 mil euros, mas não revelou o montante global da dívida".

"Esperamos que a Segurança Social possa ajudar a instituição através do fundo de socorro porque estamos preocupados com o futuro da instituição, com o nosso futuro, porque nós trabalhamos com utentes vulneráveis, que dependem totalmente de nós, sendo que alguns não têm família, estão entregues à instituição", acrescentou Assunção Jerónimo, também delegada sindical e auxiliar de Ação Direta da Raríssimas, há cerca de 11 anos.

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