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Misericórdias estimam que cuidados continuados precisam de mais dez mil camas

02 dez, 2024 - 13:06 • André Rodrigues , João Malheiro

Manuel Lemos avisa que esta é uma corrida contra o tempo.

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O presidente da União de Misericórdias alerta que Portugal continua muito aquém da resposta necessária em cuidados continuados e que são precisas cerca de dez mil camas a mais das que existem atualmente.

Esta segunda-feira, o jornal Público cita números da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, que indicam que, no final de novembro cerca de 700 utentes permaneciam internados, já depois de terem recebido alta hospitalar, enquanto aguardavam por uma vaga num lar.

À Renascença, Manuel Lemos refere que, em 2016, o Estado previa que houvesse 15 mil camas. No entanto, neste momento, só existem dez mil camas.

"Nós estimamos que, hoje, o número necessário de camas encontra-se nos 20 mil", aponta.

O presidente da União das Misericórdias reconhece que o atual Governo é sensível à necessidade de reforçar o apoio do PRR ao alargamento da rede de cuidados continuados. No entanto, Manuel Lemos avisa que esta é uma corrida contra o tempo.

"O problema é que, cada dia que passa, falta menos um dia para o PRR acabar. Se não se cumprir o prazo, não vai ser possível alargar a rede como o Estado português precisa", explica.

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores (APAH) diz que “são muito mais de 700” os utentes que permanecem internados em hospitais à espera de uma resposta social.

“É um número que é, à partida, parcial. Temos doentes que esperam por uma vaga numa estrutura residencial para pessoas idosas. Mas, depois, temos um conjunto grande de doentes que esperam por outro tipo de respostas na área da saúde mental, na área dos cuidados continuados”, diz à Renascença Xavier Barreto.

O Governo garante estar a trabalhar para resolver o problema dos designados internamentos sociais.

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