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IMT admite “constrangimentos” nas vistorias a viaturas para transporte de deficientes

03 dez, 2024 - 13:15 • João Malheiro

Em resposta à Renascença, a entidade alega falta de recursos humanos, condições tecnológicas datadas e deficiências na submissão de processos.

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O Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) admite que existe demora na tramitação das vistorias a viaturas para transporte de deficientes.

O presidente da Associação Nacional de Cuidados Continuados tinha denunciado o caso, esta terça-feira, à Renascença, apontando que várias instituições tinham "viaturas paradas há pelo menos seis, nove ou doze meses nas oficinas das empresas que transformam os carro".

À Renascença, o IMT fala apenas numa duração média do tempo de tramitação de cerca de 90 dias, "com tendência a reduzir".

A entidade refere que enfrenta “constrangimentos” devido à falta de recursos humanos suficientes, nomeadamente o recrutamento de engenheiros mecânicos, capacitados para a análise técnica dos processos de transformação de veículos.

"O IMT continua a procurar estabelecer sinergias com entidades de referência na área das engenharias, em ordem a aumentar a capacidade instalada. Acresce que o Instituto tem feito um esforço na formação/atualização dos seus trabalhadores, no sentido de, nomeadamente, uma simplificação e uniformização de procedimentos em todos os seus serviços desconcentrados", lê-se, na resposta enviada à Renascença.

O IMT aponta, igualmente, para condições tecnológicas "datadas", referindo ter dado início "o processo de modernização tecnológica, num investimento de 2.5 milhões de euros".

A entidade expressa, ainda, haver "uma deficiente submissão de processos junto dos serviços do IMT, quer na parte da homologação, quer na parte da transformação de veículos".

"Em muitos casos, tem condicionado os tempos de resposta e a marcação de inspeções, nos casos em que tal é necessário", explica o comunicado.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), entidade da qual são associadas as empresas que transformam viaturas, enviou uma carta ao IMT alertando para os prejuízos que a situação acarreta. Bourdain admite que, na sequência dessa iniciativa, “os procedimentos no IMT melhoraram ligeiramente”, mas “as vistorias deveriam ser feitas num espaço de tempo razoável”.

"Por razoável, entendo que deveriam fazer-se no espaço de uma ou duas semanas porque, quando vamos a um stand comprar um carro, a sua matricula sai no espaço de uma semana”, argumenta.

[Notícia corrigida às 20h17 a partir de nota enviada pelo IMT à Renascença onde se esclarece que “os 90 dias referidos são o tempo médio de tramitação e não de atraso” como a notícia referia inicialmente]

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