04 dez, 2024 - 09:45 • Daniela Espírito Santo
A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira ao final do dia o presumível autor do incêndio florestal que consumiu mais de seis mil hectares em Oliveira de Azeméis.
Foi um dos "maiores incêndios ocorridos no país, no passado mês de setembro", recorda a PJ: durou seis dias e consumiu mais de seis mil hectares "de floresta e mato, habitações e outros equipamentos e edificados" em Oliveira de Azeméis, acabando por convergir com outros dois incêndios que deflagraram na mesma altura, em Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha.
"No conjunto dos três incêndios, foi consumida uma área aproximada de 36.600 hectares, entre povoamento florestal, matos, habitações, indústrias e outros edificados, bem como a perda de vidas, amplamente difundidas pela comunicação social", é dito, em comunicado.
Segundo as autoridades, o detido, de 24 anos, é solteiro, operário fabril e "não apresenta qualquer motivação para a autoria dos factos".
O incêndio foi provocado "com recurso a isqueiro", e teve "vários pontos de início", obrigando ao corte de autoestradas.
"Empenhou várias centenas de operacionais, veículos e meios aéreos, sendo um dos maiores incêndios que lavraram no período relativo à declaração da situação de alerta decretada entre 15 e 17 de setembro de 2024, para todo o território continental", recorda a PJ.
O alegado autor vai ser, agora, presente a primeiro interrogatório judicial para conhecer as medidas de coação que lhe serão aplicadas.