04 dez, 2024 - 14:06 • Jaime Dantas
O suspeito de atear o fogo que queimou mais de seis mil hectares em Oliveira de Azeméis - o quinto maior em 2024 - "não teve qualquer benefício, nem monetário, nem social, nem financeiro" com o crime, revelou esta quarta-feira o coordenador para a área de incêndios da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, Marco Oliveira.
O responsável da autoridade policial revelou ainda, numa conferência de imprensa no Porto, que o homem de 24 anos terá usado "uma motocross, colocando o fogo em três pontos distintos com um isqueiro".
Este incêndio, que começou a 14 de setembro na freguesia de Ossela, só foi dominado no dia 20 do mesmo mês, depois de ter destruído árvores, mato, habitações e equipamentos. A dada altura, o fogo acabou mesmo por se alastrar e juntar-se a outros dois fogos em Sever-o-Vouga e Albergaria-a-Velha, causando a morte a nove pessoas e consumindo um total de 36.600 hectares.
Este homem, que trabalha numa empresa de materiais metalomecânicos na localidade, será acusado por três crimes, uma vez que terá provocado "três incêndios distintos e localizados", explicou Marco Oliveira.
O suspeito será ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Santa Maria da Feira, para que lhe possam ser aplicadas as medidas de coação.