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Imigração

"Nem dá para o ordenado mínimo". TVDE recusam pagar alojamento e formação de imigrantes

05 dez, 2024 - 11:14 • André Rodrigues

Empresários saúdam apelo do ministro da Presidência à corresponsabilização na política para a imigração. Mas, primeiro, é preciso aumentar a rentabilidade.

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As empresas de TVDE dizem não ter capacidade para custear o alojamento e a formação dos trabalhadores imigrantes.

A posição é assumida na Renascença pelo vice-presidente da associação que representa o setor: “neste momento, as empresas TVDE não geram rendimento suficiente, nem sequer para pagar um ordenado mínimo a um motorista”, reconhece Pedro Costa.

Para o vice-presidente da Associação Portuguesa de TVDE (APTAD), “parece boa” a garantia do Governo de que vai propor uma corresponsabilização das empresas na política de imigração, sugerindo que assegurem o pagamento da formação e do alojamento de novos imigrantes.

Mas, antes, “é preciso que as tarifas proporcionem um setor rentável, coisa que não existe neste momento”.

“O aumento das tarifas iria fazer com que a disponibilidade dos veículos existentes seja totalmente aproveitada. A oferta disponível é muito superior à procura, portanto, tínhamos que encontrar uma maneira de contrabalançar”, reconhece o dirigente da APTAD.

Esta quinta-feira, em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal Público, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, esclareceu que, na próxima semana haverá reuniões com as confederações patronais para sugerir a “corresponsabilização do empregador para migração laboral regular, que envolve as chamadas dimensões de recrutamento ético. Isto é, com responsabilidade da parte das entidades empregadoras não apenas por haver um vínculo laboral, mas também por dignidade nas condições de alojamento e na formação profissional”.

Comentários
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  • Lucro, sim
    05 dez, 2024 Despesa, não 18:32
    Sim, o que interessa é ter só lucro. Despesa é que não.
  • Inspeção
    05 dez, 2024 País 11:30
    A inspeção de Finanças que verifique rigorosamente ao pormenor, as contas desses "Empresários" e das respetivas empresas, a ver se é mesmo assim, ou apenas o choradinho habitual, quando pressentem que vão ter menos lucros.

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