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Cultura

"Paraíso, Hoje." representa Portugal na Bienal de Veneza de Arquitetura em 2025

06 dez, 2024 - 18:45 • Redação

A 19.ª Exposição Internacional de Arquitetura, que decorre entre 10 de maio e 23 de novembro de 2025, com a curadoria geral de Carlo Ratti, sob o tema "Intelligens. Natural. Artificial. Collective", contará com um montante global de 425 mil euros.

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O projeto "Paraíso, Hoje.", dos curadores Paula Melâneo, Pedro Bandeira e Luca Martinucci, e dos curadores-adjuntos Catarina Raposo e Nuno Cera, foi escolhido para representar oficialmente Portugal na Bienal de Veneza de Arquitetura em 2025.

De acordo com comunicado do Ministério da Cultura, a candidatura foi selecionada pela comissão de apreciação constituída pelos arquitetos Ana Jara, Ana Vaz Milheiro, Diogo Passarinho, Inês Lobo e Luís Santiago Baptista, que integraram o grupo de trabalho responsável pela seleção de três propostas, de um total de 31 recebidas na primeira fase".

Pela primeira vez, o processo de seleção inicial foi realizado através de uma "Chamada à Manifestação de Interesse" que decorreu em agosto passado, "garantindo uma participação ampla ao permitir a apresentação de propostas a arquitetos e profissionais com ligações à área disciplinar da arquitetura", destaca o Ministério da Cultura.

A 19.ª Exposição Internacional de Arquitetura, que decorre entre 10 de maio e 23 de novembro de 2025, com a curadoria geral de Carlo Ratti, sob o tema "Intelligens. Natural. Artificial. Collective", contará com um montante global de 425 mil euros. A partir desta edição, e durante três anos, a representação oficial portuguesa passará a ter lugar no Fondaco Marcello, edifício histórico localizado junto ao Grande Canal, em Veneza, onde, entre 2007 e 2012, Portugal apresentou anualmente os seus projetos oficiais das mostras de arte e de arquitetura, na Bienal.

De acordo com a descrição da candidatura, "Paraíso, Hoje." "explora criticamente a contemporaneidade enquanto `paraíso`, considerando que vivemos nas melhores condições de sempre, impulsionados por tecnologias avançadas. No entanto, coexistem iniquidade e exploração desmedida de recursos - um paraíso paradoxal onde evolução e desigualdade colidem".

"Em Portugal, o paraíso é muitas vezes simbolizado por praias e paisagens costeiras, mas esta realidade inclui pressões urbanísticas, especulação e sobrecarga turística, enquanto o interior enfrenta uma acentuada perda demográfica", apontam ainda os curadores do projeto.

O projeto propõe uma instalação tecnológica arquitetónica/artística, criando um ambiente imersivo e uma experiência interativa com o público, visando sensibilizar e despertar reflexões sobre a relação entre a ação humana e a natureza.

"Este tema é desenvolvido no Atlas, onde a arquitetura surge como veículo para a construção harmoniosa da paisagem contemporânea -- o `Paraíso`", indica ainda o comunicado oficial sobre a descrição curatorial do projeto.

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