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Sexta-feira de greves com saúde, escolas e transportes afetados

06 dez, 2024 - 07:00 • Lusa

O vice-secretário-geral da Fesap preferiu não antecipar expectativas de adesão e lembrou ainda que "para os hospitais há serviços mínimos", tal como obrigatório por lei.

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Os trabalhadores da função pública cumprem esta sexta-feira uma greve de 24 horas e a saúde e a educação deverão ser os setores mais afetados, segundo antecipou o vice-secretário-geral da Fesinap à Lusa.

A greve, convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap), começou à meia noite e prolonga-se até às 23h59, abrangendo a administração central, regional e local.

Em declarações à agência Lusa, o vice-secretário-geral da Fesinap já tinha antecipado que "a educação, incluindo professores, e a saúde, incluindo médicos e enfermeiros", poderão ser os setores mais afetados, "como acontece recorrentemente".

Helder Sá preferiu, no entanto, não antecipar expectativas de adesão e lembrou ainda que "para os hospitais há serviços mínimos", tal como obrigatório por lei.

Segundo o vice-secretário-geral Fesinap, um dos motivos que levaram à convocação desta greve diz respeito às declarações do ministro da Educação, na passada sexta-feira, quando o governante afastou a hipótese de ser criada uma carreira especial para os trabalhadores não docentes das escolas, uma das principais reivindicações dos assistentes operacionais.

"Isto está a causar grande desconforto", apontou, acusando ainda Fernando Alexandre de "desconhecimento do que se passa nas escolas", ao ter referido que a proposta do Governo pretende que os trabalhadores que lidam diretamente com os alunos possam dedicar-se, em exclusivo, às funções educativas, deixando as restantes tarefas para outros assistentes operacionais.

Por outro lado, Helder Sá indicou ainda que, apesar de a carreira de técnico auxiliar de saúde ter entrado em vigor em janeiro, há Unidades Locais de Saúde que não integraram os profissionais na lista.

Entre as principais reivindicações desta federação está "a subida de um nível remuneratório para todos os trabalhadores com, pelo menos, 10 anos de serviço com vínculo de emprego público integralmente realizado, independentemente do tipo de contrato" e "desde que não tenha progredido via Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP)".

A revisão deste sistema de avaliação, bem como a reposição dos pontos perdidos para efeitos de progressão de carreira, e a instituição do cartão refeição na Administração Pública "através de negociação em Acordo Coletivo de Empregador Público (ACEP), para o valor diário de 10,20 euros, livre de imposto", também estão entre as reivindicações.

Para esta sexta-feira estão também previstas greves setoriais, entre as quais dos trabalhadores em funções em estabelecimentos de saúde, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), afeta à CGTP e as greves.

Os trabalhadores da saúde estão em greve pela valorização da carreira e contratação de trabalhadores, acusando o Governo de adiar "a resolução dos problemas" por estar cerca de meio ano sem negociar com o sindicato representativo.

A paralisação dos trabalhadores em funções em estabelecimentos de saúde vai decorrer entre as 00h00 e as 24h00 do dia 06 de dezembro, estando assegurados os serviços mínimos.

Maquinistas afetam comboios e metro

A greve dos maquinistas, convocada para exigir o reforço da segurança ferroviária, após declarações do ministro Leitão Amaro, vai paralisar serviços da CP e do Metro do Porto.

"O serviço do Metro estará interrompido em toda a rede, apenas com circulações muito reduzidas no tronco comum (Senhora da Hora-Estádio do Dragão), durante os horários de ponta", pode ler-se num comunicado publicado pela transportadora, que acrescentou, entretanto, que também haverá uma circulação limitada na linha amarela (D), que serve Vila Nova de Gaia.

Também a CP antevê "fortes perturbações" na circulação na sequência da paralisação, alertando para o impacto nos dias anterior e seguinte ao da paralisação.

Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.

O Tribunal Arbitral decretou a fixação de serviços mínimos para a greve de maquinistas de sexta-feira, na ordem dos 25%, nos serviços urbanos, regionais e de longo curso.

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