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Operação Marquês

"Um logro e um abuso". Sócrates convicto de que Operação Marquês "não irá para julgamento"

06 dez, 2024 - 18:41 • Diogo Camilo

Antigo primeiro-ministro considera que decisão do Tribunal da Relação de Lisboa não terá desenvolvimentos porque "não existe nem pronúncia nem acusação". E promete mais esclarecimentos para uma conferência de imprensa este sábado.

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O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, considera a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, de avançar o processo da Operação Marquês para julgamento, um “logro e um abuso” e ameaça que o processo “não irá para julgamento”, alegando que “não existe nem pronúncia nem acusação”.

Em nota, José Sócrates promete mais desenvolvimentos sobre o caso para este sábado, tendo agendada uma conferência de imprensa no Hotel Vila Galé Ericeira, às 11h00.

“O processo Marquês não irá para julgamento porque não existe nem pronúncia nem acusação. O despacho do senhor juiz é um logro e é um abuso. Mais um abuso. Amanhã voltaremos ao assunto”, refere.

Esta quinta-feira, o Tribunal da Relação de Lisboa deu ordem para o processo da Operação Marquês avançar para julgamento, uma notícia avançada pela SIC Notícias e confirmada pela Renascença.

Iniciado em 2014, o processo centra-se em 34 milhões de euros alegadamente recebidos por José Sócrates em troca do suposto favorecimento do Grupo Lena em vários negócios.

José Sócrates foi detido no aeroporto de Lisboa, após chegar de Paris, há 10 anos. Em 2017, foi acusado pelo Ministério Público de 31 crimes, entre os quais corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal.

Em abril de 2021, na decisão instrutória, o juiz Ivo Rosa ilibou Sócrates de 25 dos 31 crimes, decidindo que o antigo primeiro-ministro devia ir a julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação.

Em janeiro de 2024, o Tribunal da Relação reverteu esta decisão, aceitando o recurso do Ministério Público.

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  • Há que tempos
    07 dez, 2024 Portugal 11:55
    Esta medioda de separar os mil e um recursos, do processo principal, já devia ter sido tomada há pelo menos 3 anos. Ter-se-iam evitado algumas prescrições, que é o que o "Socas" quer que aconteça. Ele está ao menos a pagar as custas dos recursos, ou nem isso?

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