07 dez, 2024 - 10:55 • Jaime Dantas
O presidente da Associação Comercial do Porto defende que é necessária uma "via verde de desburocratização" no setor social. Em declarações à Renascença, a propósito da oferta de 190 mil euros a 19 instituições de solidariedade social no Porto, Nuno Botelho diz que este é um "valor simbólico", mas que vai permitir ajudar "um sector que tem sido fustigado por dificuldades".
"Em Portugal não há muita perceção, por parte da opinião pública, do trabalho realizado por estas instituições, e por isso não são discriminadas positivamente", diz Nuno Botelho.
O responsável da associação que representa vários empresários do Norte do país dá o exemplo da área legislativa, em que "são muitas as obrigações e os regulamentos que dificultam a sua ação".
"Deveria haver uma via verde de desburocratização para estas entidades e ajuda nos preenchimentos de formulários que existem para cumprir com os regulamentos", recomenda.
Uma das instituições apoiadas é a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). Botelho sublinha o trabalho que tem sido desenvolvido nesta área, mas alerta que "há muito por fazer".
"Muitas vezes os idosos de repente deixam de ocupar o seu lugar e os cidadãos portadores de deficiência muitas vezes sofrem de discriminação que os impede de aceder aos empregos", termina.