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Segurança

Fuga das prisões. Guardas impediram pelo menos três tentativas depois de Vale dos Judeus

15 dez, 2024 - 15:32 • Filipa Ribeiro , Miguel Marques Ribeiro

Sindicato garante que o corpo dos guardas prisionais impediu a fuga, este sábado, de seis reclusos extremamente perigosos da prisão de Coimbra, versão contrariada pela tutela.

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A intervenção da Guarda Prisional terá sido decisiva para impedir, este sábado, a fuga de seis reclusos da prisão de Coimbra, algo que já tinha acontecido em novembro, noutras duas ocasiões, no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira.

A garantia foi dada à Renascença por Frederico Morais, presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional. “Houve em Paços de Ferreira, no mês de novembro, duas que foram tratadas pelo corpo da guarda prisional através do sistema de videovigilância”.

Tutela e sindicato com versões diferentes

Cerca de trinta elementos do corpo da guarda prisional foram chamados este sábado a Coimbra. “Alguns deles [estavam] de férias e responderam com prontidão de forma a garantir a segurança do estabelecimento prisional”, declarou o representante dos guardas.

Uma versão que contraria a da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais, que garantiu não se ter verificado qualquer tentativa de fuga. “Se chamaram agentes da PSP para andar a fazer rondas no estabelecimento prisional, chamaram o grupo de intervenção, chamaram 30 guardas que estavam de folga e de férias, significa que não foi uma brincadeira. Agora é normal que a Direção-Geral tente desvalorizar. Nós não desvalorizámos e fizemos buscas às celas dos seis indivíduos”, declarou.

Fuga mais perigosa que a de Vale-dos-Judeus

Para o sindicalista, “os serviços de informação e de segurança funcionaram, porque avisaram que estaria um plano de fuga iminente de indivíduos do Brasil que pertencem ao Primeiro Comando da Capital e que foi acionado pela parte da Direção-Geral e do estabelecimento prisional”.

Trata-se de um grupo de reclusos extremamente perigosos. “Estamos a falar de indivíduos do Brasil, do Primeiro Comando da Capital que não têm qualquer respeito pela vida humana. Basta ver o que acontece no Brasil e os crimes violentos que eles praticam nas cadeias brasileiras. Esta, se fosse consumada, não tenho dúvidas que seria muito mais agressiva do que Vale-dos-Judeus”, concluiu.

Reclusos surpreendidos

O sábado foi passado a fazer revistas na prisão de Coimbra. “Os colegas do estabelecimento andaram a verificar cela a cela, a fazer buscas ao estabelecimento prisional, às células dos indivíduos que supostamente estariam para fugir, onde apanhámos estupefacientes e telemóveis”, acrescenta o sindicalista.

Ao mesmo tempo, foi convocada uma equipa do grupo de intervenção. “Uma equipa nossa, do grupo de intervenção e de segurança prisional destacada no Porto, e que também esteve de prevenção à porta do estabelecimento e que não foi necessário ser usada”, afirmou Frederico Morais.

“Os indícios eram fortes”, acrescenta o dirigente, que garante que os reclusos ficaram “surpreendidos com a intervenção do corpo da guarda prisional”.

Comentários
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  • Controlo
    15 dez, 2024 Burgo 17:58
    Parece mais "controlo de danos" depois de serem apanhados a dormir na forma, na fuga de Vale dos Judeus, que outra coisa...
  • Raul Silva
    15 dez, 2024 Agualva-Cacém 16:19
    Más notícias para o Presidente da República que assim não pôde condecorar mais bandidagem.

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