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Prisão do Linhó sem água desde domingo, diz sindicato

17 dez, 2024 - 19:15 • Lusa

Ruptura está a comprometer a higiene dos reclusos. Foram distribuídas garrafas para beber e não há água para despejo das sanitas.

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O estabelecimento prisional do Linhó, em Sintra, está sem abastecimento de água desde domingo, comprometendo a higiene dos reclusos, aos quais foram distribuídas garrafas de água para beber, adiantaram fontes judiciais e prisionais.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, o estabelecimento prisional está sem água desde domingo e hoje a situação já afeta também o bairro dos guardas prisionais junto à prisão, tendo já sido chamada uma empresa externa para resolver o problema, mas não havendo ainda garantias de que a rotura fique resolvida durante o dia de hoje.

De momento, a situação mais complicada no estabelecimento prisional, adiantou Frederico Morais, prende-se com a higiene dos reclusos, não havendo água quente para banhos, mas o advogado Ricardo Serrano Vieira, que tem um cliente recluso naquela prisão, sublinhou também as queixas dos presos relativamente às condições dentro das celas, não havendo água para despejo das sanitas.

No estabelecimento prisional, onde existem cerca de 500 reclusos e um efetivo de 116 guardas prisionais, decorre uma greve dos guardas até 10 de janeiro, em protesto por falta de condições de segurança no estabelecimento, estando a funcionar em serviços mínimos, onde se inclui a distribuição de refeições, que não foi afetada pela questão da falta de água, explicou Frederico Morais.

Em resposta à Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) adiantou que na tarde de domingo, "se verificou uma súbita diminuição na pressão da água que abastece o Estabelecimento Prisional do Linhó, sendo que na Ala B e na Secção de Segurança só há água nas torneiras dos pátios" e que se recorreu a empresas privadas e à Águas de Cascais para avaliar uma eventual fuga e "proceder à rápida reparação e reposição do abastecimento de água".

A DGRSP confirmou ainda a distribuição de água engarrafada aos reclusos e adiantou que está a ser permitido que os reclusos da Ala B, "faseadamente, se abasteçam de água para sanitários nas torneiras do pátio, sendo que os elementos da vigilância estão a fornecer baldes de água para uso sanitário dos reclusos que se encontram na secção de segurança".

"Os reclusos foram informados, pela diretora e pela chefia da guarda prisional do estabelecimento, sobre as diligências que estão a ser desenvolvidas para resolver o problema da falta pressão da água e dos procedimentos que serão seguidos para minorar os transtornos decorrentes desta situação", concluiu a nota da DGRSP.

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