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Ferro Rodrigues "em choque" com operação policial na Mouraria e afirmações de Montenegro

20 dez, 2024 - 01:22 • Lusa

O antigo secretário-geral do PS condenou as declarações "indecorosas e irresponsáveis proferidas pelo primeiro-ministro", Luís Montenegro, e concluiu: "Agora sim, é caso para dizer vergonha."

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O antigo líder socialista Ferro Rodrigues afirmou-se esta quinta-feira chocado com o que observou da operação policial realizada na Mouraria, em Lisboa, e com as "declarações indecorosas" proferidas sobre o assunto pelo primeiro-ministro.

"Estou em estado de choque com o que se passou na Mouraria", na quinta-feira, afirmou Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República entre 2015 e 2022 e secretário-geral do PS entre 2002 e 2004, numa mensagem que enviou à agência Lusa.

Ferro Rodrigues destacou em particular uma foto exibida "com dezenas de pessoas encostadas às paredes perante polícias armados, como se estivessem numa guerra".

O antigo secretário-geral do PS condenou também as declarações "indecorosas e irresponsáveis proferidas pelo primeiro-ministro", Luís Montenegro, sobre esta operação policial e concluiu: "Agora sim, é caso para dizer vergonha. Quem cala consente e não quer consentir".

Na quinta-feira, em Bruxelas, o primeiro-ministro considerou que a operação da PSP no Martim Moniz, em Lisboa, foi "muito importante" para criar "visibilidade e proximidade" no policiamento e para aumentar a sensação de tranquilidade dos cidadãos portugueses.

"Há uma coisa que me parece óbvia, é muito importante que operações como esta decorram, para que haja visibilidade e proximidade no policiamento e fiscalidade de atividades ilícitas", defendeu Luís Montenegro, em conferência de imprensa na capital da Bélgica.

O primeiro-ministro considerou que as operações policiais de prevenção "têm um duplo conteúdo", ou seja, aumentar a "tranquilidade dos cidadãos, por um lado", e combater as "condutas criminosas".

Também na quinta-feira, o BE, o PCP e o Livre requereram a audição da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, no parlamento, para esclarecer a operação policial no Martim Moniz, considerando-a inadequada, desproporcional e passível de criar "alarme social".

A PSP realizou, na tarde de quinta-feira, uma "operação especial de prevenção criminal" na zona do Martim Moniz, Lisboa, sobretudo para deteção de armas e droga.

Numa nota divulgada, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP explicitou que a operação na freguesia de Santa Maria Maior teve como objetivo "alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante" e que "está a decorrer na zona da Praça do Martim Moniz, área onde frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas".

Comentários
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  • Libertário esquerdol
    20 dez, 2024 Outro no bem-bom 09:55
    Há quanto tempo não sai do quentinho do seu palácio cheio de mordomias e vai dar uma volta a pé, lá pela rua do Benformoso, sem um batalhão de seguranças, bem-entendido? Se não sabe onde é, o Google Maps ajuda. Este típico burguês xuxa, para manter o estatuto de "Homem D'esquerda" tem de dar uma de libertário de vez em quando, e mandar um "comunicado" para esse anacronismo pago por todos nós que é a agência Lusa, antes de voltar para os confortos do palácio
  • Sara
    20 dez, 2024 Lisboa 04:49
    O socialismo em choque....em choque estamos nos perante tudo o que fizeram a este país,, e ainda lamentável não saber como se faz uma operação policial.

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