23 dez, 2024 - 11:02 • João Cunha , Cristina Nascimento
A diretora da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, revela que as urgências daquela unidade registaram uma redução na afluência de 40%, na primeira semana de funcionamento da pré-triagem telefónica de grávidas.
Ana Fatela explica que o novo sistema tem “tido aceitação por parte das pessoas” e que 65% das mulheres atendidas nas urgências vêm “referenciadas pela Saúde 24” e as restantes “referenciadas pelos outros meios”.
Questionada sobre a comparação com igual período do ano passado, quando ainda não funcionava a triagem telefónica, Ana Fatela revela que tiveram “redução de cerca de 40% de vinda à urgência”. Ainda assim, nota, na sexta-feira passada tiveram 83 admissões nas urgências.
O projeto SNS Grávida/Ginecologia, que se insere no novo modelo das urgências obstétricas e ginecológicas, tem como prioridade libertar recursos humanos diferenciados para atender as situações mais complexas e os casos não urgentes em respostas de proximidade.
Desde meados de dezembro que as grávidas têm de ligar para a linha SNS Grávida (808 24 24 24) antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia dos hospitais que aderiram já ao projeto.
O novo modelo das urgências arrancou em fase piloto em 11 Unidades Locais de Saúde (ULS) e três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto.
As Unidades Locais de Saúde envolvidas nesta primeira fase são: ULS Santa Maria; ULS São José (Maternidade Alfredo da Costa); ULS Lisboa Ocidental (Hospital de S. Francisco Xavier); ULS Amadora Sintra (Hospital Fernando da Fonseca); ULS Odivelas/Loures (Hospital Beatriz Ângelo); Hospital de Cascais; ULS Estuário do Tejo (Hospital Vila Franca de Xira); ULS da Lezíria (Hospital de Santarém); ULS Médio Tejo (Hospital de Abrantes); ULS Oeste (Hospital das Caldas da Rainha) e a ULS Leiria.
A estes estabelecimentos de saúde, juntam-se mais três unidades que de forma voluntária aderiram a este projeto-piloto: a ULS Gaia/Espinho (Hospital de Gaia); ULS Santo António (Centro Materno Infantil do Norte) e a ULS Alto Alentejo (Hospital de Portalegre). A partir de janeiro de 2025, as ULS da Península de Setúbal (Almada-Seixal, Arco Ribeirinho e Setúbal) irão também aderir.
Segundo o Ministério da Saúde, ao fim de três meses será feita uma avaliação do impacto, para que o plano possa ser alargado a todo o país.