24 dez, 2024 - 18:35 • Miguel Coelho , Ana Kotowicz
O vice-almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa vai suceder a Gouveia e Melo como Chefe do Estado-Maior da Armada. O anúncio foi feito esta terça-feira na página oficial da Presidência da República que anuncia ainda a promoção de Nobre de Sousa ao posto de almirante.
A posse do novo responsável máximo da Armada está marcada para a próxima sexta-feira, ao meio-dia.
Quanto ao chefe do Estado-Maior cessante, o Presidente da República agradece e louva o "desempenho qualificado" de Gouveia e Melo e anuncia que é condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.
No comunicado, a Presidência detalha que, sob proposta do Governo, ouvido o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, e após audição do Conselho do Almirantado, através do ministro da Defesa Nacional, "o Presidente da República decidiu nomear o senhor vice-almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa para o cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada e promovê-lo ao posto de almirante".
Já sobre Gouveia e Melo, Marcelo Rebelo de Sousa “agradece e louva o muito qualificado desempenho" do CEMA cessante, "no quadro de uma carreira brilhante, e condecora-o com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.”
Já depois de ter sido divulgado o comunicado, Marcelo confirmou a data da tomada de posse. O Presidente da República falava aos jornalistas, no Barreiro, onde foi cumprir a tradição natalícia de beber ginjinha. Aliás, devido ao processo de troca de chefia da Armada, que quis deixar fechado, chegou com uma hora de atraso em relação ao previsto.
“Logo a seguir à posse do novo CEMA haverá uma segunda cerimónia, que é a de condecoração”, neste caso a de Gouveia e Melo, estando ambas agendadas para 27 de dezembro, detalhou o Presidente.
Nas palavras de Marcelo, esta distinção é atribuída ao CEMA cessante “pelo serviço prestado, porque além de uma carreira brilhante, teve um serviço muito qualificado na chefia da Armada”.
Nobre de Sousa substitui Henrique Gouveia e Melo, que tomou posse como chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro de 2021. A saída do almirante era esperada -- já tinha manifestado estar indisponível para um segundo mandato, bem como expressado a sua vontade de deixar o cargo até dezembro.
O nome de Gouveia e Melo tem sido apontado como um dos potenciais candidatos às eleições presidenciais de 2026 e as sondagens têm-no colocado como o melhor posicionado nas intenções de voto dos portugueses.