26 dez, 2024 - 07:15 • Tomás Anjinho Chagas
Começam a sentir-se os efeitos da greve dos trabalhadores da recolha do lixo da cidade de Lisboa.
Durante a manhã desta quinta-feira, a Renascença testemunhou dezenas de caixotes do lixo que já não fecham porque a quantidade de sacos no seu interior não permite.
Em alguns casos, a falta de espaço dentro dos contentores levou as pessoas a deixar os sacos pousados cá fora. O cheiro já se sente em alguns casos.
A greve dos trabalhadores começou esta quarta-feira, dia 25 de dezembro, e foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa e pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional. Esta quinta-feira é cumprido o primeiro dia de greve de 24 horas, que vai estender-se até sexta-feira, dia 27 de dezembro.
A adesão à greve de trabalhadores da higiene urbana em Lisboa rondou os 80% esta quinta-feira, segundo referiu fonte do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, à Renascença.
A Câmara de Lisboa conseguiu forçar os sindicatos a cumprir serviços mínimos durante estes dias (cerca de 35% do trabalho de um dia normal), mas as organizações sindicais avançaram com uma providência cautelar para contornar esta imposição. É ainda incerto como vai decorrer a recolha do lixo.
Dias antes desta greve, Carlos Moedas, em declarações à SIC Notícias, assumiu que a greve ia ser "caótica" e insinuou que há motivos politico-partidários por trás desta paralisação. As eleições autárquicas realizam-se em setembro de 2025.