Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Saúde

Interrupções voluntárias da gravidez aumentam pelo segundo ano consecutivo

27 dez, 2024 - 21:15 • Lusa

Relatório mostra que a interrupção da gravidez por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez se mantém como o principal motivo em todas as idades, representando 96,7% do total.

A+ / A-

O número de interrupções voluntárias da gravidez (IVG) aumentou pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o Relatório de Análise dos Registos da Interrupção Voluntária da Gravidez de 2023.

O documento publicado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) revela que, durante o ano passado, foram registadas 17.124 interrupções da gravidez, um aumento de 3% face ao ano de 2022.

Os números dos últimos dois anos, adianta a DGS no relatório, "alteraram a tendência decrescente que vinha a verificar-se desde 2011". Ainda assim, o aumento verificado no ano passado é "bastante menor" do que o que se registou em 2022, ano em que as interrupções voluntárias da gravidez aumentaram 15,9% em relação a 2021.

O aumento verificado no ano passado, acrescenta o relatório, "foi transversal à maioria das regiões do país", com exceção para a região de Lisboa e Vale do Tejo.

Nos restantes parâmetros de análise, o relatório mostra que a interrupção da gravidez por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez se mantém como o principal motivo em todas as idades, representando 96,7% do total. Já 2,8% das interrupções de gravidez deveram-se a doença grave ou malformação congénita do nascituro.

Em relação às idades em que são feitas as interrupções da gravidez, a DGS revela que "o grupo etário que registou maior número absoluto continuou a ser o dos 20-24 anos de idade". A seguir surgem mulheres com idades entre os 25 e os 29 anos e 8,4% das IVG foram realizadas por mulheres com menos de 20 anos.

O Serviço Nacional de Saúde continua a ser o setor que realiza mais IVG nas primeiras 10 semanas de gestação, representando 65,5%, e o procedimento mais utilizado nestas unidades hospitalares continua a ser o medicamentoso (98,7%).

Já no setor privado, o método mais utilizado continua a ser o cirúrgico (81,5%), mas verificou-se uma diminuição deste procedimento em relação ao ano passado.

Ainda em relação aos locais onde são feitas as IVG, o relatório da DGS revela que "a maioria das grávidas recorreu por iniciativa própria a uma unidade pública (63,2%)", mas aumentou o número de referenciação dos hospitais públicos para o setor privado.

Cerca de 90% das mulheres que realizaram IVG "escolheram, posteriormente, um método contracetivo", sendo que a escolha por um método de longa duração aumentou 1,1 pontos percentuais em relação ao ano de 2022.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+