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Banco de Portugal esclarece que não vai pagar salário ao novo secretário-geral do Governo

28 dez, 2024 - 14:21 • Marta Pedreira Mixão

O Banco de Portugal esclarece em comunicado que informou o Governo de que não será a instituição a pagar o vencimento do ex-administrador, agora nomeado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para o cargo de secretário-geral do Governo.

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O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, informou o Governo de que o Banco de Portugal não vai assumir as despesas do salário do novo secretário-geral do Governo Hélder Rosalino, porque as “regras do Eurosistema” o proíbem.

O Banco de Portugal esclarece, em comunicado, que informou o Governo que não será a instituição a pagar o vencimento do ex-administrador, no valor de quase 16 mil euros, recém nomeado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para o cargo de secretário-geral do Governo.

Segundo o Correio da Manhã, o Governo teria pedido à instituição que assegurasse o pagamento do salário do gestor, que até aqui era administrador do Banco de Portugal. Contudo, a decisão não tinha sido confirmada.

Se o gestor ficar a receber quase 16 mil euros por mês, montante que auferia até então no Banco de Portugal, receberá muito acima (cerca de 160%) do valor estipulado por lei para o cargo.

A propósito destas alegações na sequência da nomeação do secretário-geral do Governo, o Banco de Portugal esclarece que "não assume qualquer despesa relativa à remuneração do Secretário-Geral do Governo, tal como decorre das regras do Eurosistema sobre a proibição de financiamento monetário".

"Como está legalmente previsto, cabe, inclusive, à Secretaria-Geral reembolsar o Banco de Portugal de alguma componente do regime da proteção social que tenha sido processada diretamente, em resultado do quadro legal aplicável", acrescenta.

Em comunicado, o Banco de Portugal refere ainda que foi Mário Centeno que transmitiu a decisão ao Governo, "quando contactado informalmente sobre este tema".

"O Governo aprovou o Decreto-Lei n.º 43-B/2024, de 2 de julho de 2024, sobre a Secretaria-Geral do Governo. O estatuto remuneratório dos dirigentes desta Secretaria-Geral foi alterado pelo Governo, através do Decreto-Lei n.º 114-B/2024, de 26 de dezembro de 2024. O Banco de Portugal não tem qualquer competência nem teve qualquer intervenção nestes diplomas", pode ler-se ainda.

Hélder Rosalino, de 56 anos, foi administrador do Banco de Portugal e secretário de Estado da Administração Pública do governo chefiado por Pedro Passos Coelho, e agora nomeado pelo primeiro-ministro para o cargo de secretário-geral do Governo, a partir de 1 de janeiro do próximo ano.

Hélder Rosalino terá como secretários-gerais adjuntos Fátima Ferreira, Filipe Pereira, João Rolo e Mafalda Santos.

O novo cargo resultado do processo de extinção de três Secretarias-Gerais (PCM, Economia e Ambiente e Energia) e do CEGER (Centro de Gestão da Rede Informática do Governo), por fusão na Secretaria-Geral do Governo e demais entidades integradoras, refere o executivo.

Comentários
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  • EU
    29 dez, 2024 PORTUGAL 20:56
    Ainda bem que o Senhor não concorreu à presidência do PPD/PSD, dr. MPM. O grande problema é que ESTE SALÁRIO é na Administração Pública, porque em paralelo temos CIRURGIÕES que em conjunto não SOMAM esse MONTANTE. Queira ou NÃO é IMORAL este vencimento. E com esta ideia me retiro destes ESPAÇOS.
  • Nidia Caetano
    28 dez, 2024 Lisboa 19:44
    Honestamente não me parece que exista qualquer dúvida. Existe ou não uma inibição da parte do Euro-sistema nesse aspecto. SIM! O Governo se quer aumentar o séquito que tem na sua corte deve e tem de pagar. Claro que vai fazer repercutir em impostos esses valores astronómicos, que seremos nos arraia-miúda, por quem o desprezo impera, a pagar os devaneios. São sucessivos governos a não terem rei nem roque. Pobres de nós sobrecarregados por leis, impostos e gente desconexa. Portugal é um país minúsculo que tem um governo de composição enorme. O engraçado, sem graça, é que nada é cumprido a tempo e horas, por falta ou de génios, ou mão de obra, ou pasme-se de projetos! Alterem a maneira de governar. Esta já provou que não cobre as necessidades fulcrais do país. Já agora renovem. Terminem com as portas giratórias.
  • ze
    28 dez, 2024 aldeia 18:12
    Grandes "tachos" que continua a haver neste pobre país!........
  • EU
    28 dez, 2024 PORTUGAL 17:29
    " DEZASSEIS MIL EUROS " mensais é o ordenado de um TÉCNICO/ Funcionário do Banco de Portugal. Para quem COMO EU que fizemos o 25 de ABRIL só posso dizer isto: ANDAM A ROUBAR OS COFRES PÚBLICOS. Haja ALGUÉM do Tribunal Constitucional a PRENDER esta GENTE. É desumano UM indivíduo NUM SÓ MES receber aquilo que MUITOS não recebem NUM ANO. Roubo PURO.

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