09 jun, 2015 - 01:48
Só uma maioria absoluta do PS pode dar um impulso vencedor à candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa, defende o antigo assessor do PS e actual consultor de comunicação, Luís Bernardo.
Com muitas campanhas eleitorais no currículo e bom conhecedor do PS, partido de que é militante, Luís Bernardo foi assessor de António Guterres e José Sócrates e apoiou António José Seguro. Agora, dedica-se a planear estratégias de comunicação para empresas e instituições, entre as quais o Sporting.
Em entrevista à Renascença, aconselha o Partido Socialista a tomar rapidamente uma decisão.
"Se há eleição em que, de alguma forma, para a avaliação que é feita para a escolha que os portugueses fazem tem importância o percurso o político, é as presidenciais. A partir desse momento, sejamos claros: naquelas que talvez fossem as presidenciais mais fáceis para um candidato de esquerda, acho que a esquerda está a transformar as presidenciais numa missão impossível, porque dificilmente Sampaio da Nóvoa, com todos os méritos que tenha do ponto de vista pessoal, pode preencher a imagem e o percurso político normalmente se procura num Presidente da República".
Sampaio da Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa e actual candidato presidencial, tornou-se conhecido fora do âmbito universitário em 2012, quando foi convidado pelo actual Presidente da República para presidir às comemorações do 10 de Junho.
Nessa ocasião, Sampaio da Nóvoa fez um discurso contra a pobreza e a desigualdade e defendeu uma reorganização da sociedade portuguesa com base no conhecimento. Passados três anos, o antigo reitor é agora candidato a Presidente da República, mas ainda é um desconhecido para a grande maioria dos portugueses. E, apesar de ter o apoio dos antigos presidentes Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, ainda não tem o apoio oficial do PS.