23 jul, 2015 - 22:42
"O IVA não terá margem para baixar o IVA nos próximos anos", afirma o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em entrevista à TVI.
Na contagem decrescente para as eleições legislativas de 4 de Outubro, o líder social-democrata não acena com promessas e defende a necessidade de “prudência” em matéria fiscal.
“Já dissemos o que vamos baixar, com a prudência necessária, para os portugueses saberem que não vamos andar aos solavancos, a dar um passo à frente para depois darmos dois passos atrás, como demos no passado”, declarou.
Passos Coelho justifica as suas cautelas com o passado recente. “Já houve no passado um Governo que antes das eleições baixou o IVA, aumentou os salários e depois pediu o meu apoio para voltar a subir os impostos e para cortar salários. E eu isso não quero voltar a fazer”, frisou.
Nesse sentido, também não tenciona baixar o IVA da restauração, que aumentou de 13% para 23% durante o resgate da troika, uma das medidas defendidas pelo PS.
O primeiro-ministro admite haver condições para dar um crédito fiscal aos contribuintes portugueses no próximo ano. Não se compromete com valores, mas poderá ser na ordem dos 0,5% da sobretaxa de IRS.
"Esta sexta-feira, juntamente com o relatório da execução orçamental do primeiro semestre, esse valor será divulgado e creio que, se as condições no segundo semestre se mantiverem, poderemos devolver uma parte aproximada disso [0,5%], não tenho o valor exacto", declarou Pedro Passos Coelho.
Nesta entrevista à TVI, disse concordar com a necessidade de um Governo com apoio maioritário no Parlamento, como defende o Presidente da República, mesmo que essa maioria seja conquistada pelo adversário PS.