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Palavra de ministro. Venda do Novo Banco sem efeito nas contas do défice

02 set, 2015 - 15:02

António Pires de Lima reitera confiança no governador do Banco de Portugal e recusa medidas simpáticas para ganhar votos nas eleições de 4 de Outubro.

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O ministro da Economia garante que a operação de venda do Novo Banco não irá ter efeito nas contas do défice.

Esta quarta-feira, Pires de Lima explicou que o Governo espera que o processo esteja terminado em breve e reiterou total confiança no governador do Banco de Portugal.

"É desejável que o Novo Banco venha a conhecer aquele que será o seu futuro accionista mais cedo do que tarde e que este período de incerteza, de transição, possa ter um epílogo o mais breve possível. Mas as coisas também têm de se fazer bem feitas e eu confio totalmente na capacidade do senhor governador [Carlos Costa] e no Banco de Portugal para conduzirem este processo de forma competente e diligente", sublinhou.

O ministro, que falava em conferência de imprensa no Ministério da Economia para balanço das actividades da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), foi questionado sobre a possibilidade de a venda do Novo Banco poder representar um prejuízo mais elevado do que as previsões iniciais e poder comprometer a meta do défice de 2,7% para este ano, mas Pires de Lima assegurou que "não há qualquer risco".

"Estou muito confiante de que no final do ano as nossas contas externas estão positivas e apresentaremos um défice inferior a 3%. O objectivo é 2,7%", sustentou o governante.

Recusa medidas simpáticas para ganhar votos
Pires de Lima foi igualmente questionado sobre o impacto que poderia ter nas empresas e na economia a reposição do pagamento do subsídio de Natal do sector público com o salário de Novembro, conforme defendeu o candidato do PS às legislativas, António Costa, e deixou um alerta à oposição.

"Alerto para a necessidade de mantermos este modelo de política económica que está a permitir recuperar a nossa economia [...] e que não põe em causa as nossas contas externas. Choques de consumo podem ser eleitoralmente muito atractivos, mas fazem pagar depois uma factura elevadíssima nas contas externas do país e acho que nenhum português quer voltar a viver a situação e facilitismos ilusório que nos foi vendida em 2011", rematou o ministro.

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