12 set, 2015 - 09:54
O candidato socialista a primeiro-ministro chamou a atenção para o facto de o governo ter tido, ao longo dos últimos quatro anos, "todas as condições para poder governar". Costa considerou, contudo, que o executivo falhou nos objectivos principais.
"Mas este governo desperdiçou isto tudo, e falhou nos dois objectivos principais, na redução da dívida que, em vez de diminuir, aumentou, e falhou no objectivo de repor a economia a crescer, porque a nossa economia, em vez de ter andado para a frente, andou 13 anos para trás. Este será o governo que fica para a história como sendo o primeiro governo que entrega um país mais pobre do que aquele país que recebeu quatro anos antes", declarou.
Num jantar comício de pré-campanha no Jardim do Centro Cívico de São Martinho, no Funchal, que reuniu, segundo a organização, cerca de 700 pessoas, António Costa sustentou que o governo de coligação PSD/CDS, de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, não cumpriu com as promessas que fez nas últimas eleições legislativas de há quatro anos.
Para António Costa, é tempo de acabar com a situação actual: "é, por isso, que nós dizemos basta. Traíram os compromissos que assumiram, falharam nos objectivos a que se propuseram, propõem, agora, continuar o mesmo caminho porque, como dizem, não estão arrependidos".
O líder socialista alertou que nas eleições de 4 de Outubro "o que está em causa não é só saber se é este ou aquele o primeiro-ministro".
"É muito mais importante do que isso: o que está em causa é saber em que sociedade queremos viver, se queremos viver numa sociedade onde investimos no conhecimento e na inovação ou numa sociedade onde queremos cortar salários e precarizar as relações de trabalho."
Segundo o candidato do PS, "o país, neste momento, enfrenta a necessidade de, de uma vez por todas, por termo à troika e a esta política, tirando a direita do governo, derrotando a coligação de direita e dando vitória ao Partido Socialista".
"A troika só acaba quando este governo acabar e quando a direita for posta na rua do governo da República", acrescentou.
António Costa sublinhou ainda, numa alusão às autonomias políticas da Madeira e dos Açores, que "as regiões não são um problema, são uma riqueza nacional para o futuro de todo o país".