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Passos acusa Costa de "ameaçar eleitores" com chumbo do Orçamento

19 set, 2015 - 09:32

"Eu não acredito que a maioria dos socialistas se reveja nesta posição", afirma o líder do PSD.

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusa o secretário-geral do PS, António Costa, de ameaçar os eleitores ao anunciar que, se for oposição, não viabilizará o próximo Orçamento, e considera que a maioria dos socialistas não se revê nessa posição.

"Eu não acredito que a maioria dos socialistas se reveja nesta posição", afirmou Pedro Passos Coelho, num jantar comício de pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas de 4 de Outubro realizado na última noite, no pavilhão da Associação Empresarial da Região de Castelo Branco.

O primeiro-ministro acusou o secretário-geral do PS de "procurar dividir os portugueses, ameaçar os eleitores e prometer conflitualidade e instabilidade", acrescentando: "Não é uma maneira madura de tratar civicamente uma democracia que nestes 41 anos merecia mais nestas eleições de Outubro".

António Costa anunciou, em entrevista à Antena 1, que não viabilizará o Orçamento do Estado para 2016 caso a coligação entre PSD e CDS-PP, designada Portugal à Frente, ganhe as eleições legislativas de 4 de Outubro.

"A última coisa que fazia sentido é o voto no PS, que é um voto de pessoas que querem mudar de política, servisse depois para manter esta política. É evidente que não viabilizaremos, nem há acordo possível entre o PS e a coligação de direita", disse António Costa.

Reagindo a estas palavras, Passos Coelho invocou a história dos socialistas: "O PS também tem uma história em Portugal que está ligada à nossa democracia e que está ligada ao respeito e à consolidação de um processo democrático pluralista e importante para a coesão da sociedade portuguesa".

"Eu não acredito que muitos socialistas se revejam nesta maneira de tratar os portugueses, nesta maneira de tratar Portugal, depois de tudo o que aconteceu", reiterou.

Por outro lado, sustentou que António Costa muda de mensagem consoante a plateia: "Não podemos à terça-feira quando falamos com os empresários dizer com ar grave que é importante acabar com a confrontação na sociedade portuguesa e garantir a estabilidade, e à sexta-feira prometer a guerra e a destruição ao país se o país não nos der aquilo que nós queremos".

Segundo Passos Coelho, o secretário-geral do PS "a contribuir para a criação de um clima de coesão nacional, de solidariedade nacional", demonstra que não aprendeu com o passado.

Numa intervenção que durou cerca de meia hora, perante aproximadamente mil pessoas, Passos Coelho disse que se enganam aqueles que pensam que a coligação PSD/CDS-PP está cansada e deu por terminada a sua missão e defendeu que a governação dos últimos quatro anos "valeu a pena".

No final do seu discurso, o actual primeiro-ministro pediu "com humildade" o voto dos portugueses: "Precisamos, sim, de estabilidade. Precisamos, sim, de apoio político. É nas eleições, com humildade, que se pede esse apoio, e é com humildade que eu peço esse apoio a Portugal, para que os bons resultados que temos não andem para trás".

Comentários
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  • Acredita! acredita!
    19 set, 2015 pt 21:06
    Todos nos lembramos que durante 4 anos cada orçamento apresentado pelo desgoverno, sofreu 2 revisões de orçamento! Isto para além das inconstitucionalidades em que todos eles enfermavam! Só quem tiver a memoria muito curta ou estiver de má fé pode dar credibilidade a esta coligação feita pela mesma gente que nos confiscou e empobreceu e destruiu a classe media, durante 4 anos! É preciso correr com eles e para isso torna-se necessario, como pão para a boca, concentrar todos os votos no maior partido que da oposição! Só assim é possivel ter a certeza de correr com eles! Não se podem perder votos!
  • É feio
    19 set, 2015 Lisboa 11:18
    Não cai bem a postura de Costa, nomeadamente ao não querer dialogar sobre o futuro da Segurança Social (que é uma matéria relevantíssima para todos nós e que obriga a um sentido de Estado que ultrapasse diferenças) e, agora, esta postura em relação a um futuro Orçamento. Este comportamento de António Costa cai mal e causa desagrado. Aproxima-o do comportamento característico do PCP que está sempre contra tudo. Não acredito que a maioria dos Portugueses esteja a gostar da postura DESTE PS jacobino e marxista-leninista. Este não é o PS de António José Seguro. Este não é, sequer, o PS do Eng. José Sócrates.
  • carmom
    19 set, 2015 Famalicão 11:15
    Costa ao dizer que vota contra um orçamento sem o conhecer,mostra ser uma pessoa sem vergonha.Num país onde os eleitores estivessem atentos seria como cavar a sua sepultura.Mas não é só isto,aquela de retirar o pagamento de taxa moderadora no aborto,ainda merecia mais castigo.

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