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Portas cita Cunhal para contrariar Costa

19 set, 2015 - 23:48

Segundo o líder do CDS, "faltar à verdade não acrescenta um voto ao doutor António Costa, assusta".

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O presidente do CDS, Paulo Portas, citou o líder histórico comunista Álvaro Cunhal e o seu famoso “olhe que não” para contrariar o que considerou serem três faltas à verdade do secretário-geral do PS.

"Vou dar-vos um exemplo do que é demagogia, sendo até extraordinário que numa frase que dura 30 segundos a dizer, o doutor António Costa tenha conseguido faltar três vezes à verdade. É obra. Vou socorrer-me de um mantra que fez história na política portuguesa, entre o doutor Mário Soares e doutor Álvaro Cunhal", afirmou Paulo Portas.

Paulo Portas concretizou: "Diz o doutor António Costa: o país não cresceu. Olhe que não, doutor António Costa, olhe que não, Portugal está a crescer 1,5%. Diz ele: não há mais emprego. Olhe que não, doutor António Costa, olhe que não, 230 mil empregos criados desde o início de 2013. Diz ele: não há mais investimento. Olhe que não, doutor António Costa, olhe que não, o investimento está a subir 4%, segundo o indicador mais prudente".

"Faltar à verdade não acrescenta um voto ao doutor António Costa, assusta", afirmou o também vice-primeiro-ministro, numa intervenção num jantar com apoiantes da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS), em Santarém, que antecedeu o discurso do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.

Em 1975, num debate televisivo, depois de Mário Soares acusar Álvaro Cunhal de querer transformar o país numa ditadura, o histórico líder do PCP respondeu: "Olhe que não, doutor, olhe que não".

Portas começou por dizer que a "campanha do líder do maior partido da oposição tem-se caracterizado por um lado pela demagogia por outro pelo radicalismo" e, depois de usar o que disse ser "o mantra" de Cunhal para contrariar Soares, voltou a criticar as declarações do líder socialista, António Costa, sobre um eventual voto contra o Orçamento do Estado em caso de vitória da coligação.

O líder centrista criticou o anúncio de um voto contra um documento que não se conhece e justamente após eleições legislativas, em que foi expressa a "vontade popular".

"Logo no primeiro Orçamento, logo a seguir à votação do povo, começa o bota-abaixo", declarou, reiterando que o eleitorado português é moderado e está ao centro e espera dos partidos "sentido de Estado e de compromisso".

Falando numa sala situada no recinto onde se realiza anualmente a Feira Nacional da Agricultura, Portas quis nomear o agradecimento ao presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, e ao seu secretário-geral, Luís Mira.

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